Manifestação em apoio ao governo sírio reúne multidão
Milhares de pessoas lotaram nesta terça (1º) a Praça Sabaa Bahrat, na cidade de Deir Ezzor na Síria, para expressar apoio ao presidente Bashar al-Assad e ao plano de reformas integrais que ele realiza.
Publicado 01/11/2011 11:17
A televisão mostra imagens de um mar de gente na praça dessa cidade de 212 mil habitantes, que fica a cerca de 432 quilômetros de Damasco, a capital.
Os informes indicam que se somaram à manifestação residentes de povoados adjacentes que viajaram em caravanas de veículos até a capital provincial para expressar também seu respaldo ao governo de al-Assad e rejeitar a intromissão estrangeira nos assuntos sírios.
Muitos dos manifestantes portam bandeiras sírias, fotos do presidente e cartazes, algumas das quais agradecem à Rússia e à China, e a outros povos pelo apoio ao seu país.
Em Deir Ezzor e em algumas localidades dessa província fronteiriça com o Iraque, tiveram início os confrontos, em março passado, com atos de violência desencadeados por grupos extremistas que cometeram vandalismo contra instituições públicas e a população.
Hoje a calma e a estabilidade voltaram à região, asseguram as autoridades, e a imensa manifestação popular desta terça é reflexo de que a população respalda o governo central e o presidente Assad.
Nos últimos dias sucederam-se concentrações em várias cidades do país em apoio às autoridades, como a que teve lugar em Damasco, com mais de 1,5 milhão de participantes, segundo informaram meios de imprensa, para festejar no Dia da Árvore da Família na quarta-feira passada.
Por outro lado, seguem chegando a Damasco representações de comunidades de sírios residentes no exterior, com o propósito de expressar sua rejeição à intromissão estrangeira.
Entre estas, destacam-se delegações procedentes da Romênia, Inglaterra e Estados Unidos. As autoridades organizam visitas a lugares inclusive onde a violência desatada pelos grupos extremistas armados tem ocasionado vandalismo, para que possam comprovar a realidade que vive o país.
Além do mais, um grupo de mulheres ex-parlamentares e ex-dirigentes de partidos, bem como responsáveis por agrupamentos sociais de Turquia, visitou no fim de semana a cidade de Aleppo.
O objetivo foi promover os laços de amizade entre estes dois países vizinhos que compartilham uma fronteira de 880 quilômetros, e entre os quais ultimamente têm aumentado as tensões devido ao que Damasco tem denunciado como intromissão do governo turco nos assuntos internos.
Meios sírios acusaram as autoridades de Ancara de incentivar os setores extremistas que alimentamos grupos armados de terroristas dentro do país.
Servidores públicos sírios queixaram-se que foram levantados campos em regiões da fronteiriça província turca de Hatay, que ambos os países disputam desde a Primeira Guerra Mundial, inclusive antes de que começassem os protestos em espera de um êxodo de refugiados.
A assessora presidencial política e de imprensa, Boutahina Shaaban, comentou em resenhas para o diário inglês The Independent que constitui um mistério a atuação anti-síria do governo de Turquia, uma vez que foi a Síria que abriu as portas para esse país ao Oriente Médio.
Fonte: Prensa Latina