Maioria dos haitianos vive em extrema pobreza
Mais da metade da população haitiana vive em condições de pobreza extrema. Em 2011, apresentou o menor índice de desenvolvimento humano da América Latina, segundo um relatório da ONU divulgado nesta terça (1).
Publicado 01/11/2011 17:53
Na listagem anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a nação caribenha ficou com a 158ª posição entre 187 ranqueados, só superou os países mais pobres da África. Esta pontuação demonstra um retrocesso de 13 posições, já que, em 2010, apesar de enfrentar terremoto e da epidemia de cólera, o Haiti estava no posto 145.
O documento também assinala que o país caribenho experimentou um crescimento em desenvolvimento humano de 37 % desde 1980 até hoje, por outro lado mostra uma redução quase equivalente do Produto Interno Bruto durante o mesmo período.
Entre os fatores que mais influenciam esta performance destacam-se uma expectativa de vida de 50 anos e uma taxa superior a 60% de analfabetismo, explicou o PNUD.
Segundo o organismo, se não fosse pela ajuda humanitária, cerca de cinco milhões de pessoas, quase a metade dos habitantes da nação antilhana, teriam morrido.
Exatamente 47% dos haitianos sofrem desnutrição crônica, enquanto o país tem a taxa mais alta de contágio e morte por AIDS/SIDA no Caribe, conforme a Organização Mundial da Saúde.
A isso se soma o fato de que menos de 2% da população tem acesso à água potável e a instalações sanitárias, o que resultou, desde outubro de 2010, na morte de mais de 6.500 pessoas em função de cólera.
Atualmente, cerca de 560 mil haitianos vivem em acampamentos para refugiados desde janeiro do ano passado, quando o terremoto deixou mais de 300 mil falecidos e dois milhões de afetados.
Com informações da Prensa Latina