Manuela defende avanço das políticas públicas para a juventude
No sábado (5) a deputada Manuela d`Ávila, participou da abertura da 2ª Conferência Estadual da Juventude, em Porto Alegre. O evento debateu as políticas públicas para a juventude e teve a presença do governador Tarso Gerno.
Publicado 07/11/2011 15:12
Manuela — que foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (2003) e presidente estadual (2005) e diretora nacional da UJS— lembrou que cada geração de jovens tem seus desafios. "Eu lutei contra o neoliberalismo, lutei pelo Prouni, por exemplo. Vocês têm novas bandeiras. Têm de consolidar e lutar que o que já foi conquistado não se perca e seja direito de fato. Mas precisam avançar e pautas para isso não faltam", disse.
Durante sua participação, Manuela lembrou ainda que a Câmara dos Deputados aprovou recentemente o Estatuto da Juventude. "O Estatuto fala sobre políticas públicas, que deixam de ser políticas de governo e passam a ser políticas de Estado. É, sem dúvida, um grande avanço, pois fala de saúde, fala de educação integral, fala do respeito à diversidade sexual dos nossos jovens e combate a violência decorrente da intolerância", explicou Manuela.
Conferência Nacional
Milhares de jovens, entre 15 e 29 anos, de todo o país participarão em Brasília da 2ª Conferência Nacional da Juventude entre os dias 9 e 12 de dezembro. O encontro, cuja primeira edição ocorreu em 2008, tem entre seus objetivos reformular o Plano Nacional de Juventude, apresentado em novembro de 2004 na Câmara dos Deputados (Projeto de Lei nº 4.530), mas até hoje não votado.
Passados sete anos, a secretária nacional da Juventude, Severine Carmem Macedo, avalia que a proposta que aguarda votação no plenário da Câmara precisa ser “atualizada” e que a conferência pode ser uma oportunidade para “repactuar um projeto comum entre o Executivo e o Legislativo”, acredita.
Em sua opinião, “as políticas públicas globais nem sempre conseguem atender aos mais jovens”, e por isso a necessidade de “fortalecer a demanda do segmento” por meio da nova conferência.
Encontro preparatório
Nesta segunda (7) e terça (8), também em Brasília, 70 jovens de comunidades tradicionais, como quilombolas, indígenas, ribeirinhos, caboclos, ciganos, pantaneiros, mestiços, comunidades de terreiros, faxinais (pequenos agricultores no Paraná), pomeranos (grupo de origem europeia no Espírito Santo) se reúnem em encontro preparatório para a conferência.
De acordo com Severine Macedo, traçar uma agenda de políticas públicas para os jovens dessas comunidades é um “desafio”, dada a diversidade. A secretária assinala que há diferenças sobre como cada cultura trata os jovens e concebe a juventude.
“Nem sempre é simples discutir nas comunidades”, admite a secretária ao assinalar que a intenção do governo é “promover direitos para todas as populações, respeitando as comunidades”. Segundo ela, a política não pode impor valores nem ser omissa. “Não dá para defender que não tenham acesso.”
A secretária destaca que os jovens brasileiros são as principais vítimas de acidentes de trânsito e com armas de fogo (especialmente os jovens negros). Além disso, há grupos extremamente vulneráveis como os dos jovens indígenas Guarani Kaiowá em Mato Grosso do Sul, com alta incidência de suicídios.
O documento de discussão da 2ª Conferência Nacional da Juventude está disponível na internet. Segundo o regimento, a conferência terá 2,1 mil delegados. Desse total, 60 serão representantes de comunidades tradicionais.
Com informações da Agência Brasil