Parlamento grego vota nesta quarta apoio a governo Papademos
O Parlamento da Grécia vota ainda nesta quarta (16) o apoio ao governo do novo primeiro-ministro do país, Lucas Papademos, que está há 12 dias no cargo. O principal desafio de Papademos é conduzir as medidas internas de arrocho, que prejudicam a população, mas garantem um empréstimo de 130 bilhões de euros e o cancelamento de 50% de sua dívida com bancos europeus – principalmente alemães e franceses.
Publicado 16/11/2011 11:30
O novo primeiro-ministro esteve ontem (15) no Congresso grego e discursou para os parlamentares. Papademos assumiu o cargo em meio à tensão interna e na zona do euro. Banqueiro, sem vínculos formais com partidos políticos, ele foi eleito primeiro-ministro devido a um acordo entre os sociais-democratas, os conservadores e os de direita. A tendência é de que leve a Grécia mais à direita.
A principal tarefa da Papademos é adotar e executar um plano de ajuda econômica, segundo a definição acordada no mês passado para a zona do euro. Pela proposta aprovada, o governo grego vai concentrar os esforços para pagar as dívidas e garantir o empréstimo concedido pela União Europeia.
Nesse sentido, o esforço não é para salvar os gregos e, sim, os interesses dos banqueiros. As medidas de austeridades exigidas pela União Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu representarão ainda mais sofrimento para a classe trabalhadora, com cortes de salários, emprego, benefícios previdenciários e gastos públicos. Nos últimos 20 meses, houve inúmeras greves e paralisações em todo o país contra o pacote de maldades.
A previsão é que Papademos se reúna, na segunda-feira (21), com a Comissão Europeia e o Conselho Europeu para conversar sobre a situação da Grécia. O primeiro-ministro fica no poder até fevereiro, quando devem ocorrer eleições no país.
Com Agência Brasil