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Novo premiê grego enfrenta protestos populares nesta quinta

O novo primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, que recebeu na quarta-feira (16) o voto de confiança do Parlamento, enfrenta nesta quinta-feira (17) as primeiras manifestações contra as novas medidas de austeridade, prejudicam a população e tornam a Grécia refém do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia.

Milhares de pessoas são esperadas nas ruas de Atenas no protesto que deverá ser o primeiro grande teste para a nova equipe de governo, que deve levar o país ainda mais à direita. A data marca também o aniversário da repressão sangrenta a estudantes em 1973, que resultou na queda da ditadura no ano seguinte.

No governo de Giorgos Papandreou, dezenas de greves e manifestações demonstraram repúdio às medidas, incluídas em um pacote de austeridade exigido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela União Europeia, como garantia para o empréstimo contraído por Atenas.

Após sugerir um referendo popular sobre o empréstimo, Papandreou foi pressionado pela UE e pelo próprio governo e acabou se enfraquecendo no poder.

Atenas pretende receber a última parcela, de 8 bilhões de euros, do primeiro plano de ajuda ao país e ainda dar garantias para obter o segundo plano, de 130 bilhões de euros, aprovado pelos líderes europeus em outubro. Na sexta-feira (18) o governo envia ao parlamento o projeto de orçamento de 2012 que prevê alta de impostos e cortes nas despesas.

"Uma vez que seja alcançada uma situação de estabilidade e segurança, serão convocadas as eleições para que um novo governo continue com a obra do reajuste do país", disse Papademos, ontem.

Papademos também começou nesta quarta-feira seus contatos com o diretor-geral do Instituto Internacional de Finanças, Charles Dallara, sobre a participação dos bancos europeus na redução de 50% dos 206 bilhões de euros de dívida grega em mãos privadas e continuará com essas negociações com os parceiros europeus no dia 21 em Bruxelas.

Com Opera Mundi