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Em exposição, Fernando Botero retrata violência na Colômbia

Conhecido popularmente como o pintor de "gordinhos", o colombiano Fernando Botero, 79, costuma ser associado a uma arte em que o bom-humor, a ironia e um surrealismo de tom lúdico podem ser encontrados. A individual que volta a São Paulo nesta sexta (dia 25) mostra outras faces do artista, um dos latino-americanos mais valorizados da atualidade.

"Dores da Colômbia" reúne 67 obras em que essas mesmas figuras bonachonas não estão tão felizes ou serenas. Ao contrário. Aqui, eles sofrem torturas, são mortos, choram. Entre pinturas, desenhos e aquarelas, Botero faz um comentário crítico sobre a violência causada no país, movida pelo narcotráfico e desencadeada pelas disputas entre guerrilheiros, militares e políticos.

A exposição tem curadoria de representantes do Museu Nacional da Colômbia, de onde vieram as obras, doadas pelo artista em 2004. Segundo a diretora do museu, Maria Victoria Robayo, a mostra é "um convite à reflexão sobre as circunstâncias dolorosas que violam os direitos humanos". Em 2007, a mesma exposição passou pelo Memorial da América Latina, em SP. No ano que vem, a mostra irá para Porto Alegre (20/1 a 8/3) e Belo Horizonte (18/4 a 2/6).

Recentemente o artista, que vive na maior parte do tempo na França, bateu recorde com a escultura em bronze Dancers (2007), vendida por US$ 1,7 milhão em leilão na Christie's, em Nova York.

Serviço:
Dores na Colômbia
Data – 25/11 a 8/1/2012 (ter. a dom., 10h às 19h)
Local: MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) Avenida Europa, 218, Jardim Europa, SP, tel. 11 2594-2601)
Entrada gratuita

Fonte: Folha de S. Paulo