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Uruguai fecha portos a barcos das Malvinas

O presidente do Uruguai, José Mujica, proibiu navios com bandeira das Ilhas Malvinas de atracarem em portos uruguaios. A maior parte dos navios com bandeira das Malvinas (Falklands, para os britânicos) é de pesqueiros de outras nacionalidades obrigados, por questões de licença, a usarem a identificação das ilhas.

O anúncio foi feito em Buenos Aires, onde o governo da presidente Cristina Kirchner proibiu há dois anos o atracamento em portos argentinos de navios que levem ou tragam produtos do arquipélago que a Argentina reivindica desde 1833. Relatórios da chancelaria argentina indicavam que, nos últimos dois meses, antes da proibição de Mujica, o porto de Montevidéu tinha recebido três pesqueiros com a bandeira das Malvinas.

Por intermédio da Secretaria de Comunicação, Mujica declarou que não houve exigência nenhuma do governo argentino. O governo de Mujica também reiterou o apoio de Montevidéu à reivindicação argentina das ilhas, que o governo de Buenos Aires controlou entre 1820 e 1833.

O governo Kirchner também pune as empresas que participam de exploração petrolífera no arquipélago e simultaneamente tenham investimentos na Argentina. Em setembro, Cristina, em discurso na ONU, ameaçou impedir que aviões com destino ao arquipélago façam escala em território argentino.

Na reunião do Mercosul, nestas segunda e terça-feira, em Buenos Aires, Cristina pretende obter um novo e mais enfático compromisso de apoio dos países da região sobre a questão das Malvinas.

Com O Estado de S.Paulo