Manifestação contra aumento da passagem continua nesta quarta

 De acordo com Cássio Borges, ele teve o celular quebrado por um dos policiais militares envolvidos no confronto.

cássio borges 1 - Arquivo
O conflito entre manifestantes e policiais militares não arrefeceu o entusiasmo de estudantes e sindicalistas de protestar contra o aumento do preço da passagem de ônibus e a integração do transporte coletivo de Teresina. Ainda nesta terça-feira (03), lideranças do movimento #contraoaumento iniciaram a mobilização para mais um dia de protestos contra as medidas tomadas pela Prefeitura de Teresina.

Em sua conta no Facebook, o coordenador do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Piauí (DCE-UFPI), Cássio Borges, convocou os teresinenses para seguir protestando contra a Prefeitura de Teresina. "Amanhã, às 9h, concentração na Praça do Fripisa. Faremos novamente ato contra o aumento da passagem e por uma integração de verdade", assinalou.

Cássio Borges reivindicou uma maior participação da população teresinense nas manifestações contra o aumento da passagem e a integração do transporte coletivo em Teresina. "Galera, amanhã tem de novo, e esperamos contar com a maior participação possível para que cenas lastimáveis como essa não se repitam", argumentou.

As "cenas lastimáveis" a que se refere Cássio Borges dizem respeito ao confronto entre manifestantes e policiais militares ocorrido na tarde desta terça-feira, na Avenida Frei Serafim, principal via corredor do trânsito teresinense. "Hoje, vivi a maior cena de horror em manifestações em Teresina, um movimento pacífico, no qual o único crime cometido por nós, manifestantes, era bloquear a passagem por um dos lados da Avenida Frei Serafim", revelou.

"A polícia estava orientada a massacrar os manifestantes. Vários companheiros foram detidos e, o pior, agredidos fisicamente, inclusive nosso advogado do DCE, Enzo Samuel Alencar Silva, que de forma truculenta foi golpeado com cacetadas e socos, abrindo um buraco na sua testa", acrescentou.

De acordo com Cássio Borges, ele teve o celular quebrado por um dos policiais militares envolvidos no confronto. "Ao tentar gravar com meu celular, um policial da RONE me tomou o aparelho, jogou no chão e em seguida me ameaçou, além de novamente jogar spray de pimenta em mim", contou.

O presidente do DCE-UFPI afirmou que o Estado será juridicamente responsabilizado pelas agressões contra os estudantes. "Conseguimos liberar todos e agora estamos entrando com uma ação contra essa ação da Polícia Militar do Piauí, visando identificar os agressores que não merecem se quer vestir a farda dessa organização".

Fonte: www.portaldaclube.com