Manifestação contra aumento da passagem continua nesta quarta
De acordo com Cássio Borges, ele teve o celular quebrado por um dos policiais militares envolvidos no confronto.
Publicado 04/01/2012 15:16 | Editado 04/03/2020 17:00

Em sua conta no Facebook, o coordenador do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Piauí (DCE-UFPI), Cássio Borges, convocou os teresinenses para seguir protestando contra a Prefeitura de Teresina. "Amanhã, às 9h, concentração na Praça do Fripisa. Faremos novamente ato contra o aumento da passagem e por uma integração de verdade", assinalou.
Cássio Borges reivindicou uma maior participação da população teresinense nas manifestações contra o aumento da passagem e a integração do transporte coletivo em Teresina. "Galera, amanhã tem de novo, e esperamos contar com a maior participação possível para que cenas lastimáveis como essa não se repitam", argumentou.
As "cenas lastimáveis" a que se refere Cássio Borges dizem respeito ao confronto entre manifestantes e policiais militares ocorrido na tarde desta terça-feira, na Avenida Frei Serafim, principal via corredor do trânsito teresinense. "Hoje, vivi a maior cena de horror em manifestações em Teresina, um movimento pacífico, no qual o único crime cometido por nós, manifestantes, era bloquear a passagem por um dos lados da Avenida Frei Serafim", revelou.
"A polícia estava orientada a massacrar os manifestantes. Vários companheiros foram detidos e, o pior, agredidos fisicamente, inclusive nosso advogado do DCE, Enzo Samuel Alencar Silva, que de forma truculenta foi golpeado com cacetadas e socos, abrindo um buraco na sua testa", acrescentou.
De acordo com Cássio Borges, ele teve o celular quebrado por um dos policiais militares envolvidos no confronto. "Ao tentar gravar com meu celular, um policial da RONE me tomou o aparelho, jogou no chão e em seguida me ameaçou, além de novamente jogar spray de pimenta em mim", contou.
O presidente do DCE-UFPI afirmou que o Estado será juridicamente responsabilizado pelas agressões contra os estudantes. "Conseguimos liberar todos e agora estamos entrando com uma ação contra essa ação da Polícia Militar do Piauí, visando identificar os agressores que não merecem se quer vestir a farda dessa organização".
Fonte: www.portaldaclube.com