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Metroviários votam pela greve e reivindicam cumprimento de acordo

Em assembleia realizada nesta quinta-feira (23), os metroviários de São Paulo decidiram pela greve geral da categoria.

Cerca de 500 trabalhadores definiram que no próximo dia 29 paralisarão as atividades. Eles reivindicam o cumprimento do pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), acordada com a Companhia do Metropolitano de São Paulo.

Ainda nesta quinta-feira (23), os metroviários participaram de uma reunião com a empresa, que terminou sem acordo.

De acordo com declaração à imprensa o secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin, disse que o Metrô quer reduzir 7,21% da PR dos trabalhadores com base em uma pesquisa de qualidade feita com os usuários.

Segundo ele, a categoria não aceita a redução, sob o argumento de que a queda na avaliação do metrô não pode ser utilizada como parâmetro. Pasin lembrou que, em 12 anos, o número de usuários dobrou, saltando de dois para quatro milhões de passageiros diários.

Ele ainda esclareceu que a PLR dos trabalhadores do Metrô é composta por um valor fixo, calculado, para este ano, em R$ 3.062, somado a 40% do salário mensal.

“A proposta do Metrô é reduzir os 7,21% do total pago ao trabalhador. Na assembleia de desta quinta-feira (23), a categoria apresentou uma contraproposta, que prevê que o desconto seja abatido apenas dos 40% do salário de cada funcionário, e não do valor fixo.

Em nota, o dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB – São Paulo), Flávio Montesinos Godoi, afirmou que a categoria não pode ser responsabilizada pelo sufoco refletido na pesquisa de satisfação dos usuários.

"O trabalhador não pode ser punido por algo que não é de sua responsabilidade. Se até hoje não houve um colapso no sistema é porque os metroviários vestem a camisa. Hoje transportamos cerca de 4,5 milhões de usuários, com o mesmo quadro defasado de funcionários de anos atrás", revelou Godoi.

"Agindo dessa forma, o Metrô está cometendo uma grande injustiça. Não está dando o devido valor a essa categoria que se empenha cotidianamente para tentar manter o elevado padrão de qualidade, pelo qual o sistema sempre foi reconhecido. Se há problemas, os responsáveis são o governo estadual e o Metrô, pela negligência e a histórica falta de investimento na ampliação do sistema", alerta Godoi.

Próximos passos

Na próxima segunda-feira (27), as partes irão se reunir no Ministério Público do Trabalho (MPT) para chegar a um acordo.Caso a empresa não apresente nenhuma proposta os metroviários prometem manter o indicativo de greve a partir do dia 29 deste mês.

Com agências