Ministros vão ao México para acertar novo acordo automotivo
Os ministros brasileiros de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; e de Relações Exteriores, Antonio Patriota, viajaram nesta terça-feira (13) para o México para discutir o acordo no setor automobilístico, assinado em 2002.
Publicado 13/03/2012 18:41
Os ministros se reunirão na quarta, na Cidade do México com o titular de Economia do país, Bruno Ferrari, e a chanceler, Patricia Espinosa, para retomar os debates sobre a revisão do acordo automobilístico Mercosul (Mercado Comum do Sul: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) – México.
Segundo fontes do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a reunião foi fixada em resposta à carta enviada pelo governo mexicano, na qual foi proposto um encontro pessoal entre as autoridades dos dois países.
A inícios deste ano, o governo brasileiro chegou a afirmar que cancelaria o convênio, baseado em uma cláusula que o permite, se não fosse renegociado para corrigir aspectos desfavoráveis para Brasília.
Desde o começo dos contatos, frutos de uma conversa telefônica entre os presidentes do Brasil, Dilma Rousseff; e do México, Felipe Calderón, altos servidores públicos dos dois países reuniram-se em duas ocasiões nesta capital, em fevereiro passado, mas sem chegar a qualquer entendimento.
Em uma carta, datada no passado dia 8, o governo brasileiro pede a seu homólogo mexicano, entre outros assuntos, que a nação asteca limite os embarques de veículos para o gigante sul-americano a uma quota de 1,4 bilhão de dólares pelos próximos três anos.
Além dessa redução, a parte brasileira deseja uma maior percentagem do mercado regional na produção desses veículos, bem como a inclusão de caminhões e ônibus no convênio.
A Agência Brasil recorda que o acordo automotivo entre as duas nações permite a importação de veículos, peças e partes de automóveis mexicanos, com isenção de 35 por cento de impostos, benefício que só possuem o México e os membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Dados oficiais refletem que o intercâmbio comercial entre Brasil e México ascende a uns 8,5 bilhões de dólares, dos quais 40 por cento corresponde à esfera automotriz e pela primeira vez em uma década mostra um saldo negativo para o gigante sul-americano.
Fonte: Prensa Latina