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EUA aceleram desenvolvimento de novas armas cibernéticas

O departamento de Defesa dos Estados Unidos acelera o desenvolvimento de uma nova geração de armas cibernéticas capazes de perturbar as redes militares do inimigo, inclusive quando estas não estão conectadas à internet.

Cientistas militares buscam aproveitar tecnologias emergentes como a utilização de sinais de rádio para inserir à distância códigos digitais em redes informáticas, entre outros procedimentos.

"Para afetar um sistema, você deve ter acesso a ele e até o momento não aperfeiçoamos a capacidade de chegar e acessar um sistema desconectado da internet", assinalou Joel Smith, ex-oficial do Exército e ex-diretor do Instituto de Informação de Operações.

Na opinião de funcionários governamentais estadunidenses, as novas ciberarmas dispõem do potencial para desabilitar os componentes de um sistema de armamentos inimigo, porém não é capaz de destruir o sistema.

Ao combinar ferramentas cibernéticas com outras táticas e armas, se poderia, por exemplo, desencadear um ataque sem que o adversário o detecte até que se inicie, destacou nesta segunda-feira (19) o jornal The Washington Post.

No entanto, existe o perigo de danos colaterais aos sistemas civis, como a interrupção do fornecimento de energia a um hospital.

Além disso, um código de informática destrutivo, uma vez liberado, poderia causar efeitos inversos e converter alvos estadunidenses em pontos mais vulneráveis para agências estrangeiras de espionagem, comentou a publicação.

"Por isso devemos empregar mais recursos na criação de ciberarmas; é preciso mover o investimento para a parte ofensiva", defendeu James Cartwright, general aposentado do Corpo de Infanteria da Marinha.

Outrora vice-chefe da Junta de chefes do Estado Maior, Cartwright defendeu em 2011 a aplicação de US$ 500 milhões em cinco anos na Agência de Investigação Avançada de Projetos de Defesa, uma das principais organizações de investigação do Pentágono.

A despesa do departamento de Defesa neste tipo de tecnologia está crescendo, enquanto outras áreas inclusive reduzem seu orçamento, assinalaram especialistas.

Atualmente as forças armadas estadunidenses gastam mais dinheiro em defender-se de ataques cibernéticos que em preparar a execução das operações ofensivas nesse campo, afirmou o periódico.

Para este ano, o Pentágono disporá de um orçamento de US$ 3,4 bilhões dirigidos ao programa de cibersegurança e tecnologia cibernética, em seus componentes ofensivo e defensivo, agregou.

Em 2010, Washington criou o denominado Comando Cibernético, com sede em Fort Meade, Maryland, e conta com um orçamento de 154 milhões de dólares para 2012.

Fonte: Prensa Latina