Sem categoria

Bareinitas pedem que ONU detenha repressão governamental

Milhares de opositores, em sua maioria xiitas, pediram nesta quinta-feira (29) à ONU ações efetivas para deter a repressão governamental no Bahrein, enquanto aplica-se a política de "um peso, duas medidas" com relação à situação na Síria.

Os ativistas desafiaram a presença de forças de segurança leais à monarquia Al-Khalifa e mobilizaram-se de forma pacífica nas aldeias de Bilad al-Qadim, Sahla e A'ali, nos arredores de Manama, uma capital que foi reforçada com a presença de policiais.

O canal por satélite iraniano Press TV reproduziu imagens de efetivos policiais e militares bareinitas prendendo dezenas de opositores nos povoados citados, bem como nas cidades de Diah, Abu Saiba e Sitra, por sua participação em grupos que exigem reformas democráticas.

As marchas desta quinta-feira coincidiram com o discurso do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, na 23ª cúpula ordinária árabe de Bagdá, onde voltou a exigir que o governo da Síria acate um plano de paz, mas calou-se sobre a repressão nesta ilha.

Ban urgiu o presidente Bashar Al-Assad a executar uma proposta de seis pontos – já aceita por Damasco – que foi apresentada pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, e pediu o fim da violência, sem referências à oposição armada ou ao caso do Barein.

Os ativistas enfrentaram as forças de segurança nas localidades citadas deste reino do Golfo Pérsico, e queimaram pneus para bloquear as estradas de acesso a Sahla e A'ali.

Da mesma forma, em Diah, Abu Saiba e Sitra intensificaram-se as manifestações de solidariedade com membros do denominado movimento revolucionário de Barém detidos pelas autoridades por defenderem a queda da dinastia Al-Khalifa.

O partido Al-Wefaq, o principal grupo opositor representativo da majoritária população xiita, responsabilizou o rei Hamad Bin Isa Al Khalifa pela morte de ativistas nos últimos meses e durante as revoltas que sacudiram ao país em fevereiro e março de 2011.

Fonte: Prensa Latina