Com 29% de aprovação, Piñera vive sua pior fase na presidência
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, registrou sua segunda avaliação em seus dois anos de mandato ao ter uma queda na popularidade de 29%, segundo pesquisa de opinião pública que foi divulgada nesta quinta-feira (5).
Publicado 05/04/2012 17:43
A empresa de pesquisa Adimark informou que a baixa na aprovação do mandatário e seu governo se deve ao mau manejo frente ao conflito da região de Aysén, onde milhares de manifestantes tomaram no mês passado, as estradas para protestar pelo alto custo de vida e para exigir uma melhor distribuição dos recursos do país.
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Esta pesquisa indicou que as demandas da zona sul do país alcançaram com um amplo apoio da população, inclusive se comparado com o nível de apoio alcançado pelo movimento estudantil em 2011.
O governo, assim como o presidente, também foi afetado pela crise na zona sul do país. Sua aprovação também caiu a 29% (era 31% em fevereiro) e o nível de rejeição subiu 65% (era 61%).
Piñera foi eleito com 53% dos votos e teve sua melhor avaliação quando os 33 mineiros foram resgatados de uma mina em agosto de 2010. A aprovação chegou a 63%.
Paradoxalmente, estes dados que refletem um permanente descrédito dos políticos e da política não correspondem com os resultados econômicos do Chile.
O Banco Central informou que o nível de crescimento atual é muito satisfatório e há um pequeno desemprego.
Roberto Méndez, director da Adimark disse que “as variáveis econômicas estão fazendo um jogo importante nas avaliações das pessoas sobre o governo: claramente o emprego se destaca como uma das áreas melhor avaliadas e contribui em sentido positivo, mas a alta em alguns preços sensíveis, como o transporte público e os alimentos, estão pressionando para baixo essas avaliações.
Com informações do Spanish.news