Geração de emprego nos EUA está abaixo das expectativas
A economia dos EUA gerou 120 mil postos de trabalho em março, ante 240 mil em fevereiro (dado revisado para cima), informou nesta sexta-feira (6) o Departamento de Trabalho estadunidense.
Publicado 06/04/2012 11:30
A cifra divulgada nesta sexta (6) veio abaixo das expectativas do mercado – analistas projetavam um número na faixa em torno dos 207 mil para esse mês. Também foi inferior à estimativa calculada para março do ano passado, quando foram criados 246 mil postos de trabalho.
A taxa de desemprego cedeu de 8,3% para 8,2%, abaixo das projeções dos especialistas.
A geração de empregos e a estimativa das taxas de desocupação seguem metodologias diferentes: o primeiro é verificado a partir de informações fornecidas pelas empresas, enquanto o segundo, por levantamento junto as residências.
Ainda segundo o Departamento de Trabalho, o setor privado foi o principal responsável pela abertura de vagas nesse mês, com destaque para os segmentos de produção de bens duráveis e prestação de serviços –saúde e educação, notadamente.
Em compensação, os segmentos de construção civil, e principalmente, do varejo, despediram mais do que contrataram em março, bem como o setor público, onde a folha de pagamento encolheu mil registros no mês passado.
Longa duração
Um dos indicadores mais preocupantes do mercado de trabalho americano – o montante de desempregados de longa duração (27 semanas ou mais) – teve relativamente pouca mudança: esse contingente de trabalhadores desocupados caiu de 5,42 milhões para 5,30 milhões (cerca de 42% do total de desempregados) entre fevereiro e março.
Outro dado monitorado com atenção por especialistas – a taxa de desemprego entre os mais jovens – também não mostrou melhoras, pelo contrário: entre 16 e 19 anos, a taxa de desemprego aumentou de 23,8% para 25% entre fevereiro e março.
Esse dado também é pior na comparação com março do ano passado, quando estava em 24,5%.
Entre as boas notícias registradas pelo relatório deste mês, o Departamento de Trabalho contabilizou o aumento dos trabalhadores empregados em tempo integral – o montante aumentou de 114,40 milhões para 115,29 milhões – enquanto o montante de trabalhadores de tempo parcial reduziu de 27,57 milhões para 26,91 milhões.