Povo sírio marcou o rumo das reformas no país
O povo sírio marcou o rumo do processo reformador ao votar nesta segunda-feira (7) por um novo parlamento, expressão das mudanças introduzidas pelo governo do presidente Bashar al-Assad, segundo afirmaram autoridades e população local.
Publicado 08/05/2012 14:47
Depois de concluir o exercício eleitoral em todo o país às 22h (hora local) da segunda-feira, os 14.788.644 votantes habilitados esperam pelos resultados de umas eleições com participação pluripartidista e que, segundo o presidente do Alto Comitê Eleitoral, juiz Khalaf Izzawi, serão anunciados em breve.
Abortadas as tentativas de boicote e de atentados terroristas para afastar à população das urnas, a disputa converteu-se em "uma oportunidade para fazer triunfar o dialogo nacional e transmitir a verdadeira imagem da Síria ao estrangeiro", considerou Gregório III, Laham, Patriarca Greco Católico de Antioquia, todo o Oriente, Alexandria e Jerusalém.
Foi permitido a um total de 7.195 candidatos disputar as 250 cadeiras ao órgão legislativo, que agora estará representado o amplo espectro da população síria, entre eles operários, camponeses e mulheres.
A tranquilidade, transparência e bom desenvolvimento do processo foi seguido por cerca de 200 representantes de meios de comunicação árabes e estrangeiros, além de 100 figuras políticas e intelectuais de diferentes países que visitaram os colégios eleitorais, onde a população exerceu o direito consumado na Constituição aprovada em fevereiro último.
As novas normas permitiram até o último instante que os candidatos e seus ativistas adiantassem programas e propostas para obter o voto dos eleitores, muitos dos quais esperam que a nova Assembleia Popular trabalhe para combater a corrupção e melhorar os níveis de vida da população.
No interior do país, mais afetado pelas ações de grupos armados financiados e provenientes do exterior, na maioria dos casos, o acesso dos votantes às urnas competiu em tranquilidade e transparência com o visto nesta capital, indicaram meios locais.
Em opinião do líder legislativo Mahmoud Abrasha, o processo serviu para aplicar o pluralismo político e partidário recolhido na nova constituição e avançar mais no processo de reformas introduzidas pelo governo, apesar da negativa de opositores e forças externas.
Sobre o processo, o ministro de Informação, Adnan Mahmoud, considerou que a guerra mediática e psicológica contra seu povo para socavar os avanços, só fizeram que os sírios participassem mais ativamente na eleição.
Fonte: Prensa Latina