Filho de Eike Batista é processado por homicídio de ciclista
Uma luz no fim do túnel pode ter sido acesa na injusta Justiça brasileira. Acostumada a punir apenas pobres e livrar a cara de bandidos ricos, contraditoriamente, a juíza da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, Daniela Barbosa Assumpção de Souza, aceitou o pedido do Ministério Público para processar por homicídio culposo Thor Batista, filho do empresário Eike Batista. Ela determinou ainda a suspensão por um ano da carteira de habilitação do jovem. Ele tem que entregar o documento em cinco dias.
Publicado 17/05/2012 17:16
Thor atropelou e matou, em 17 de março, Wanderson Pereira dos Santos, na Rodovia Washington Luis, em Xerém, Baixada Fluminense. A perícia determinou que o filho do empresário estava a 137 km/hora, acima do limite máximo permitido para a via, 110 km/h.
Além disso, relatos de testemunhas denunciaram que Thor dirigia em ziguezague, ultrapassando carros pela direita em altíssima velocidade. Com a comprovação da velocidade, fica comprovado que o playboy mentiu em seu depoimento, pois afirmou que estava no máximo a 100 km/h.
Prova também a sua imprudência e as calúnias que foram ditas por Thor e seu pai, que chegou ao absurdo de dizer que a vítima poderia ter causado transtornos maiores ao seu filho ao atravessar a pista.
Mais crimes de trânsito
O acusado de homicídio mostra em seu comportamento que não se abalou com a morte do ciclista. Dias depois do acidente, foi aprendida uma Ferrari de propriedade de Thor com comprovações que ele andou a mais de 140 km/h. Além disso, o filho do milionário com a vedete Luma de Oliveira, praticou nova infração de trânsito ao dirigir veículo que não estava corretamente emplacado, o que provocou a apreensão de seu automóvel.
Para suspender a habilitação, a juíza levou em consideração o fato de Thor ter recebido anotações de onze infrações de trânsito em seu prontuário em pouco menos de dois anos. Destas, nove foram por exceder a velocidade máxima permitida para a via em que transitava.
O filho de Eike Batista tem prazo de cinco dias para entregar a carteira de habilitação no cartório da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias. Se condenado pelo crime de homicídio culposo (sem intenção de matar), Thor poderá cumprir pena de detenção de dois a quatro anos, em regime semi-aberto ou aberto. Mas para sua defesa, já contratou um dos advogados mais caros do país, o ex-ministro Márcio Thomas Bastos, que também é o defensor do bicheiro contraventor Carlinhos Cachoeira.