Philip Kotler apresentou o novo marketing ao público recifense
Do NE10
Numa casa quase lotada, o pensador e consultor de marketing Philip Kotler esteve pela primeira vez no Recife para detalhar os desafios do Marketing 3.0, termo por ele criado, em tempos de mundo digitalizado e um mercado consumidor em transformação
Publicado 19/06/2012 15:22 | Editado 04/03/2020 16:56
No encontro desta segunda, no Centro de Convenções, o norte-americano, um dos mais cultuados autores de administração e gestão empresarial da atualidade, explicou novos termos e conceitos fundamentais para bons resultados em estratégias de marketing, citou diversos casos de sucesso e ainda apontou tendências para as relações comerciais no futuro.
Um dos principais apontamentos de Kotler é o investimento inovadora, é preciso investir em idéias revolucionárias, mesmo que isso implique alguns fracassos. Uma empresa que não inova será canibalizada pelo mercado e vai sucumbir se ficar atrelada a velhas tecnologias, citando como exemplo o caso da Kodak.
Ele determina também que o marketing visto apenas como uma ferramenta de promoção da empresa, um departamento ligado à publicidade apenas é ineficiente no mercado contemporâneo. É importante que as lideranças do setor façam parte do desenvolvimento, planejamento, da meta de preço, e da resposta final do consumidor. O marketing deve ser dentro de cada empresa o setor que impõe a voz do cliente e se preocupa com a experiência dela. O consumidor de hoje é mais exigente e pelas redes sociais tem tanta informação sobre cada marca quanto a própria empresa, que antes era detentora da informação a seu respeito.
Em tempos em que o cliente ditas as regras – na evolução do mercado que já foi reinado por fabricantes e posteriormente por varejistas – ferramentas de vanguarda podem ser aliadas ao marketing como o neuromarketing (associado à neurociências) e Zmet (técnica que avalias metáforas produzidas pelos clientes ao se relacionar com uma marca ou produto).
Ao tratar de redes sociais e nos desafios de mercado ele provoca: "o facebook não é feito para vender mais, a empresa investe na sua rede de contato, e inspira que os consumidores se tornem fãs e portanto replicadores dos valores daquele negócio". Para se adaptar o marketing precisa passar por algumas transformações como abrir mão de controlar a mensagem para ampliar as relações, fazer do aperfeiçoamento ocasional uma experiência contínua de inovação e ao invés de apenas gerenciar, estimular e inspirar para que o marketing seja feito por todos, desde colaboradores a fornecedores e consumidores.