Irã afirma ter acertado "brechas" com AIEA sobre energia nuclear

O Irã assegurou neste sábado (25) que "acertou brechas" nas negociações sobre sua divergência com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), realizadas em Viena.

Em contrapartida, o inspetor principal da AIEA, Herman Nackaerts, estimou que "ainda existem diferenças importantes (entre as partes) que impediram a conclusão de um acerto sobre a formulação de um acordo", conforme com declarações na capital austríaca ao término dos contatos.

O funcionário acrescentou que de imediato não estão programadas novas reuniões entre as partes.

As delegações da República Islâmica e do organismo da ONU debateram a nível técnico na quinta e sexta as diferenças que enfrentam sobre os propósitos do programa de desenvolvimento nuclear iraniano, que potências ocidentais asseguram tem fins militares.

O Irã refuta as alegações e assegura que não tem tais intenções, mas reivindica seu direito ao domínio da tecnologia nuclear com fins pacíficos, o qual tem desenvolvido de maneira espetacular com recursos e especialistas próprios.

O objetivo de instalar centrais atômicas no Irã data da época do xá Mohamed Reza Pahlevi, derrocado pela revolução islâmica em 1979, que sustentava uma estreita colaboração com os Estados Unidos e a Europa ocidental.

No começo desta semana um anúncio oficial iraniano sobre o andamento de novos locais para o enriquecimento de urânio, imprescindíveis na produção de combustível fisionável para alimentar suas centrais eletronucleares.

As discordâncias sobre o programa nuclear iraniano têm sido capitalizadas pelo atual governo israelense para deixar entrever a possibilidade de um ataque militar em massa à República Islâmica.

O Teerã respondeu às ameaças com a advertência de que uma ação semelhante "terá consequências devastadoras para as potências arrogantes e seus aliados", termos que emprega para descrever os Estados Unidos, os restantes membros da Otan e Israel.

Fonte: Agência Prensa Latina