Mercosul: Brasil priorizará integração e participação social

 “Integração e participação social serão temas prioritários na gestão do Brasil na presidência pro tempore do Mercosul, de agosto a dezembro deste ano”, disse nesta terça-feira (25) o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

O ministro participou de seminário com organizações e movimentos sociais brasileiros em São Paulo. O debate é a primeira de três atividades preparatórias para a Cúpula Social do Mercosul, que ocorre entre os dias 4 e 6 de dezembro, em Brasília.

De acordo com ele essa temática ganhou destaque entre os países do bloco diante da recente crise política no Paraguai, que levou ao impeachment do então presidente Fernando Lugo.  Gilberto Carvalho destaca que alguns avanços sociais já foram conquistados entre os países do Mercosul. Ele citou o acordo previdenciário, de 2005, que permite a averbação do tempo de serviço para fins de aposentadoria e a colaboração na área de direitos humanos para investigações sobre a Operação Condor. O ministro ressaltou ainda articulações entre centrais sindicais dos países-membros.

Carvalho acredita que a integração entre as organizações permitirá a troca de informações e uma melhor execução das políticas sociais. Ele disse que o Brasil vai propor, durante a cúpula, que sejam feitos encontros periódicos com as organizações da sociedade civil.

Na avaliação da presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, que participou do evento, o fortalecimento e a integração não só econômica, mas também regional e social são fundamentais no bloco. “A integração dos movimentos sociais no Mercosul, o desenvolvimento sustentável, entre outras ações são importantes para termos na América Latina uma região de paz”, destacou.

Para o embaixador do Brasil no Mercosul, Ruy Pereira, o investimento em políticas de integração social pode representar o diferencial da articulação entre os países do Cone Sul. “O que existe hoje é integração de contêineres”, criticou.

Ele disse acreditar que tais ações podem, de fato, contribuir para “consolidar a democracia, garantir a cidadania e resgatar a dívida social presente em todos os países da região”.Estavam presentes as entidades: CTB, CUT, Abong, Inesc, Instituto Paulo Freire, Cebrapaz entre outras.

Com Agência Brasil