Presença militar ocidental causa insegurança no Golfo, afirma Irã

A principal causa da insegurança no Golfo Pérsico é a presença ilegal dos países ocidentais, disse o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em uma entrevista transmitida pela imprensa nesta segunda (1).

Há duas semanas, navios de guerra norte-americanos participam de exercícios militares convocados por Washington, com base num supostop campo minado do Golfo, através do qual transita entre 35 e 40 por cento do petróleo consumido pelas economias das potências ocidentais e do Japão.

O presidente iraniano considerou que o primeiro requisito para estabelecer a segurança na região é a retirada do Oriente Médio dos países ocidentais.

Quanto às negociações de seu país com o Grupo 5 +1, considerou que será necessário esperar até depois das eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, país que qualificou como o "mais importante" nessas negociações.

Ele ressaltou que "a experiência mostra que o processo de tomada de decisão só se estabiliza após as eleições presidenciais", segundo a versão lançada pela agência de notícias oficial Irna.

O Grupo 5 +1 é composto pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, aos quais se soma a Alemanha, e o grupo tem como objetivo encontrar uma solução para o diferendo sobre o plano de desenvolvimento nuclear iraniano.

Ele caracterizou as repetidas declarações dos principais líderes e comandantes militares persas sobre a capacidade defensiva do país como "respostas às ameaças" contra ele.

"O Irã não é um país beligerante, mas se acontecer alguma agressão, o Irã está em posição de se defender", disse ele.

O governo de Israel preconiza um "ataque preventivo militar" contra instalações nucleares iranianas; Teerã advertiu que tal agressão terá uma "resposta esmagadora".

No entanto esclareceu que a República Islâmica "não leva a sério as atuais ameaças dos líderes do regime sionista" e as declarações ante a Assembleia Geral da ONU do presidente dos EUA, Barack Obama. 

Fonte: Prensa Latina