Grécia apresenta plano de cortes à UE e ao FMI

Responsáveis pelo governo grego se reunirão nesta segunda (1), em Atenas, com os delegados da troica, integrada pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional, para lhes apresentar seu programa de austeridade estimado em 13,5 bilhões de euros.

O plano inclui cerca de 10,5 bilhões de euros em cortes orçamentários e a previsão de arrecadação de mais 3 bilhões mediante o aumento de impostos, e com ele se espera desbloquear a entrega da próxima parcela do empréstimo financeiro internacional avaliado em 31,5 bilhões de euros.

A proposta deverá receber o aval da troica e posteriormente dos países da Eurozona, na reunião prevista para o dia 8 de outubro e, por último, das autoridades da União Europeia na cúpula do dia 18 de outubro.

O ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, manterá no início da tarde um encontro com os representantes dos credores internacionais, enquanto o premiê Antonis Samarás se reunirá horas depois.

Depois do encontro, a comissão da troica deverá emitir um relatório vinculante para a liberação dos fundos, mas parece provável que este não seja concluído antes do fim da semana.

Em uma entrevista concedida à emissora de rádio Real News, o vice-ministro das Finanças, Jristos Staikuras, reconheceu a urgência do executivo para obter liquidez e assegurou que estuda atrasar os vencimentos dos 28 bilhões de euros em bônus do BCE.

Samarás reuniu-se ontem à noite com os responsáveis dos 10 ministérios afetados com os cortes estruturais, uma vez conseguido o apoio dos dois partidos que integram o governo de coalizão, com a condição de que Bruxelas conceda dois anos extras para a aplicação das novas medidas.

Com uma economia em seu quinto ano de recessão, um estado em bancarrota e uma taxa de desemprego de 24,4 por cento, Samarás assegurou ontem em uma entrevista ao jornal The New York Times que "há motivos para a esperança" e que dias melhores virão.

Fonte: Prensa Latina