Grécia desiste de elevar jornada, mas concorda com mais cortes
Após intensas divergências entre os partidos que formam a coalizão do premiê Antónis Samarás, o governo grego conseguiu formular um novo acordo com a troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) e cortará mais de 13 bilhões de euros de seus serviços sociais para não ter de alterar suas leis trabalhistas.
Publicado 24/10/2012 12:41
Antes, a ampliação da jornada semanal de trabalho para seis dias e a redução do tempo de aviso prévio eram condições mínimas para que a cúpula financeira da Zona do Euro concedesse novos empréstimos a Atenas.
O ministro das Finanças, Yannis Stournaras, explicou que comunicará a cúpula da Comissão Europeia sobre o andar das negociações quando técnicos do bloco de reunirem em Bruxelas, na próxima sexta e segunda-feira. O ministro do Trabalho, Yannis Vrutsis, disse que se esforçará para "aprimorar o texto original da troika no que diz respeito a temas trabalhistas". O governo enviará o projeto ao Parlamento no início da próxima semana, quando tramitará em caráter urgente.
Sobre as metas de déficit impostas à Grécia, Jörg Asmussen, membro do diretório do Banco Central Europeu, revelou ao jornal espanhol El País que a cúpula financeira da Zona do Euro irá elevar para dois anos o prazo para que o país estabilize sua economia.
Em 2012, a Grécia completa cinco anos de recessão econômica. Enquanto a economia desacelera à marca dos 6%, a dívida pública atinge os 150% do PIB (Produto Interno Bruto). Na quinta-feira passada (18), a troika pressionou o governo grego e conseguiu cortar valores de pensão e salários de cargos públicos. A idade mínima para a aposentadoria também foi elevada, subindo de 65 para 67 anos.
Fonte: Opera Mundi