Organização
A Comissão Nacional de Organização – CNO, elaborou um conjunto de apreciações dos resultados eleitorais publicados, como subsídio ao exame nacional e estadual do desempenho partidário. A Comissão Política Nacional e o Comitê Central farão o exame dessa realidade para extrair conclusões políticas e perspectivas no curso das modificações promovidas na realidade política do país, pós-eleições.
Publicado 31/10/2012 17:05
Uma avaliação política dos resultados eleitorais deve ser precedida de um exame objetivo de dados. O 2º turno foi disputado em 50 cidades e definem resultados políticos em termos de forças político-partidárias em presença.
No 1º turno, o quadro geral de prefeituras conquistadas, comparando a série histórica, foi o demonstrado na TABELA 1:
No 2º turno estiveram em disputa 50 cidades e os resultados estão na TABELA 2:
Abaixo, a representação gráfica da evolução da força municipal dos partidos.
Fonte: G1
Em termos de votos nacionais obtidos, pode-se ver a TABELA 3:
Fonte: G1
E em termos de população governada e PIB os resultados finais podem ser vistos na TABELA 4
Fonte: O Globo
Quanto aos vereadores eleitos, comparando 2008 e 2012, os partidos se comportaram conforme gráfico, em todos os municípios, inclusive nas capitais:
Fonte G1
Considerados os resultados finais já com os do 2º turno, o quadro de distribuição das forças partidárias ficou como exposto na TABELA 5:
Fonte: G1
O gráfico a seguir, mostra o desempenho dos partidos nas cidades com mais de 200 mil eleitores:
Fonte: G1
A vitória em São Paulo é extraordinária a qualquer título, pelo que representa e pelo que projeta. Ela se dá em meio a expressivo avanço da base do governo Dilma, notadamente à esquerda, com PT, PSB e PCdoB, mantendo-se a força do PMDB e irrompendo na cena centrista o PSD como quarta força. Todos fortalecem Dilma na presidência e abrem uma nova exigência de arranjos políticos para o governo federal e para 2014. O novo quadro coloca, também, outras variáveis de força nas articulações, notadamente as do PSB.
Mas há uma maior estratificação de forças partidárias, que aumentaram seu poder relativo. Isso desconcentra poderes que alimentaram a polarização forçada nos últimos anos entre PT e PSDB. Nas capitais, serão 11 partidos, e nas 85 maiores cidades do país, 16 partidos que detêm governos. Destacou-se o PSB – o que detém mais capitais e mais cresceu no grupo das 85 maiores cidades; o PT – que continua o que detém maior número de prefeituras entre essas 85 cidades e eleitorado governado, mesmo tendo perdido 6 cidades desde 2008; e PCdoB, que avançou 100% em conquistas nesse grupo de cidades, de 2 para 4, Olinda em PE e as demais no Sudeste. O PDT recuou em números globais, mas aumentou também as prefeituras nas grandes cidades e detém 3 capitais. Ao centro do espectro, o PMDB diminuiu, inclusive nas grandes cidades, mas ainda detém o maior em número de prefeitos no país; assoma o PSD como a quarta força, abrindo terreno; cresceram também PSC, PV, PRB e outras legendas menores. Caem o PTB, PR, e PP.
Na oposição, diminuíram DEM, PSDB e o PPS. O PSDB detém ainda a terceira posição partidária no país, presente em grandes municípios. Minguou notadamente com a derrota em São Paulo e manteve Manaus entre grandes capitais; em Salvador o DEM subsiste. NO PSDB, Aécio fez movimento mais amplo mas não pode demonstrar grande vitória: em seu próprio Estado não acumulou. Pode-se dizer que está relativamente mais forte porque tira Serra do caminho e, de todo modo, ele procurará liderar o partido que é o esteio da oposição. Mas há Alckmin, que em seu Estado é, todavia, mais forte que Aécio em MG, mesmo tendo recuado nesta eleição, e com nuvens pelo caminho rumo à reeleição em SP em 2014.
O PT cresce acentuadamente no NE, e também no S e SE. O PSB é especialmente crescente no NE, mas avançou relativamente no SE. O PCdoB também inseriu-se com mais três grandes cidades do SE – Contagem, Jundiaí e Belford Roxo – que se somam a Olinda. O PCdoB perdeu, entretanto, a capital que governava – Aracaju – e não conquistou nenhuma nova.
Veja os gráficos abaixo das regiões Sudeste e Sul
Fonte O Globo