ONU: Cuba pede reforma urgente do Conselho de Segurança

Cuba requereu na última quinta-feira (15) uma urgente e profunda reforma do Conselho de Segurança que elimine a falta de transparência, democracia e eficiência desse órgão principal da ONU encarregado da paz e da segurança internacionais.

Ao mesmo tempo, reclamou uma ampliação imediata dessa instância, tanto na categoria de membros permanentes como não permanentes, e a erradicação do privilégio do veto, por ser anacrônico e antidemocrático.

Essas demandas foram expostas pelo representante permanente de Cuba na ONU, Pedro Núñez Mosquera, em uma sessão da Assembleia Geral sobre a integração do Conselho de Segurança e o aumento do número de seus membros.

A verdadeira reforma da ONU só terá lugar quando esse órgão seja democratizado, tenha uma estrutura verdadeiramente transparente e enfrente de forma justa os desafios globais, apontou o embaixador cubano.

Ao insistir na urgência dessas mudanças, advertiu que "ignorar esta exigência é não só lesivo, mas constitui um insulto aos Estados membros da organização".

Núñez Mosquera reiterou a proposta de seu país a favor de uma ampliação imediata do Conselho de Segurança, tanto na categoria de membros permanentes como não permanentes e desconsiderou a alternativa de incrementar apenas a segunda delas.

A esse respeito, qualificou de injusto o fato de que na atualidade não haja um só assento permanente para a África, apesar de que a agenda do órgão está repleta de temas relacionados com esse continente.

Também lamentou a ausência de uma representação da América Latina nessa categoria de membros do Conselho.

"Nada justifica esta falta de participação permanente dos países em desenvolvimento em um órgão de grande importância na organização", pontuou.

No mesmo sentido, Núñez Mosquera sublinhou que "os novos membros permanentes devem ter os mesmos direitos e obrigações que os atuai", incluído o de veto.

Não obstante, insistiu na oposição de Cuba a essa prerrogativa e defendeu sua eliminação o quanto antes por ser anacrónica e antidemocrática.

Sobre a ampliação da quantidade de integrantes dessa instância, mencionou que devem ser "não menos de 26".

Também exigiu modificar os métodos, procedimentos e práticas do Conselho de Segurança, com uma agenda que inclua os verdadeiros desafios internacionais e que não invada os assuntos que são competência de outros órgãos da ONU. "São necessárias ações urgentes. Não podemos dilatar mais este debate. A reforma do Conselho de Segurança requer negociações reais urgentes", concluiu.

Prensa Latina