João Zinclar; exemplo na luta pela emancipação dos trabalhadores
Hoje [segunda-feira, 21] sepultamos nosso companheiro João Zinclar. Em seu funeral bandeiras dos partidos denominados de esquerda como a do Partido dos Trabalhadores, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados, do Partido Socialismo e Liberdade e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Por Flávio de Castro*
Publicado 22/01/2013 11:31
Presentes também representantes do Sindicatos dos Metalúrgicos, dos Correios, da Construção Civil, dos Químicos, dos Eletricitários, dos Jornalistas, do STU, da Adunicamp, da Intersindical, entre vários outros, além de representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, do Movimentos dos Trabalhadores sem Teto, do Movimento das Fábricas Ocupadas, do Movimento GLTS, etc.
Tivemos pessoas ligadas ao movimento quilombola como a Casa de Cultura Tainã; à cultura como o Inventor de Sonhos, o Jongo Dito Ribeiro; servidores do Museu da Imagem e do Som, além de intelectuais, jornalistas, fotógrafos, autoridades federais e municipais e militantes em geral, como os representantes do Coletivo Estadual de Combate ao Racismo do PT.
Além do colorido das bandeiras, dezenas de coroas de flores das mais diferentes entidades, uma gaita – instrumento que praticava – tocou a Internacional numa comovente e justa homenagem.
Creio que esta descrição é suficiente para termos a dimensão aproximada do gigantesco trabalho que realizou ao registrar as lutas dos trabalhadores no campo e na cidade e mais, o profundo respeito que impôs a todos pela sua generosidade, solidariedade e despojamento.
Militante socialista, olhar fotográfico apurado tal como sua consciência de classe, João Zinclar transitava por todos os movimentos graças ao elevado nível de sua militância, não se envolvendo nas despolitizadas disputas inter-partidárias ou em brigas por cargos ou salários, tão corriqueiras nos dias de hoje!
Humilde, honesto, pai amoroso e preocupado, companheiro leal, esta figura humana exemplar deixa uma lacuna que dificilmente será preenchida. A frase escrita no painel que o Sindicato dos Metalúrgicos lhe dedicou é o resumo disto tudo: “Muito obrigado, João Zinclar por eternizar nossas lutas até o último momento de sua vida”.
Creio que as centenas de pessoas que compareceram ao sepultamento, a sinceridade e a gratidão contida nos depoimentos em sua memória e seu magnífico exemplo de vida certamente atenuarão a dor de seus familiares e companheiros e, principalmente, exigirá que diariamente renovemos nossa disposição na luta pela emancipação dos trabalhadores, sonho que João acalentou e, tragicamente, não pôde ver realizado.
Camarada João, presente!
Agora e sempre!
* Flávio de Castro é um dos fundadores do Cemarx/Unicamp e do Conselho Consultivo de Marxismo21