PCdoB realiza grande ato no dia mundial das mulheres em São Paulo
Mulheres e homens representando todas as regiões da Capital paulista participaram nesta sexta-feira (8), do ato público que comemorou o Dia Internacional de Luta das Mulheres, o 8 de março. O PCdoB teve presença expressiva de lideranças e militantes, sobretudo das filiadas a União Brasileira de Mulheres.
Publicado 08/03/2013 18:10

A coordenadora da União Brasileira de Mulheres do Estado de São Paulo, Rozina Conceição, lembrou que as manifestações do 8 de março são mais um espaço para as mulheres darem visibilidade à luta pela igualdade entre os gêneros. "É o momento de levantar as bandeiras por políticas públicas que diminuam o fosso que existe entre os gêneros no Brasil", afirmou.
"É um momento extremamente necessário para sairmos da invisibilidade. Somos a maioria da população, somos mais de 50% da força trabalhadora e ainda nos tratam como seres de segunda classe", ressaltou Raimunda Gomes, a Doquinha, secretária da Mulher da CTB. Ela participou recentemente da marcha de trabalhadores e trabalhadoras até Brasília. "Foi a primeira vez em que participamos de maneira diferenciada no visual e na pauta".
O deputado estadual Alcides Amazonas também participou do ato e colocou o mandato à disposição do movimento de mulheres. "Este é um dia de muita reflexão , de mostrar as conquistas e de buscar avançar nas lutas. Aliás, a presidenta da república é uma demonstração desse avanço. Precisamos de mais mulheres na política", defendeu. Ele lembrou ainda que na área dos transportes a presença da mulher aumentou significativamente. "Há dez anos havia uma motorista de ônibus do sexo feminino hoje existem mil", informou.
Também no movimento estudantil a presença feminina tem ganhado destaque. Segundo Camila Lima, presidente da União da Juventude Socialista da cidade de São Paulo, apesar do avanço ela ainda acha que o movimento é discreto. "As mulheres representam hoje mais de 50% dos estudantes e, apesar de entidades como a UJS, estimularem o protagonismo ele ainda é modesto nos espaços de decisão", lembrou Camila.
Maria Jose, a Lia, presidente da Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo (Facesp), disse que as vitórias do movimento de mulheres precisam virar realidade na prática. "Precisamos continuar mobilizadas, mobilizando no dia a dia. Ainda precisamos de muita política pública. Existem ainda muitas mães sem creches e mulheres ganhando menos que os homens fazendo a mesma função. Por isso estamos na rua e continuaremos batalhando."
Maura Augusta, presidenta do distrital do PCdoB do Ipiranga, constrói no dia a dia da região o movimento de mulheres. "Estamos muito contentes porque apesar das dificuldades enfrentadas pelas mulheres, sem creche pra deixar os filhos,por exemplo, ainda reunimos cerca de 70 em um último encontro", contou Maura.
Após a concentração na praça da Sé no início da tarde, centenas de militantes saíram em marcha pelas ruas até a praça Ramos reivindicando a presença das mulheres nos espaços de poder, o cumprimento da lei Maria da Penha e a viabilização de políticas públicas em saúde, habitação e educação, entre outras demandas.
Participaram do ato diversas entidades do movimento de mulheres de São Paulo e entidades de trabalhadores entre elas CTB e CUT. Pela CTB estavam Nivaldo Santana, Onofre Gonçalves e Elifas. Os comitês municipal e estadual do PCdoB estiveram representantes pelas respectivas secretárias de Mulheres, Valéria Leão e Ana Martins. Mariana Venturini representou a Secretaria Nacional da Mulher do PCdoB.
De São Paulo, Railídia Carvalho