ONU autoriza intervenção no Congo para combater grupos armados
O Conselho de Segurança autorizou, nesta quinta-feira (28), uma força militar para combater e neutralizar os grupos armados na República Democrática do Congo (RDC) através de "operações ofensivas seletivas".
Publicado 29/03/2013 12:08
Em uma resolução, o órgão encarregado da paz e a segurança internacional informou que o novo corpo estará integrado por três batalhões de infantaria, um de artilharia, uma força especial e uma companhia de reconhecimento, com quartel- geral em Goma.
A chamada Brigada de Intervenção contará com cerca de 2.500 efetivos e estará sob o comando direto do chefe da Missão de Estabilização da ONU na RDC (Monusco).
O objetivo do dispositivo é "contribuir com a redução da ameaça que representam os grupos armados para a autoridade estatal e a segurança no leste da RDC e para propiciar atividades de estabilização".
Segundo a resolução, o mandato de contingente é "por um período inicial de um ano" e terá "caráter excepcional", sem constituir um precedente.
Suas operações ofensivas se desenvolverão unilateralmente ou em conjunto com as forças armadas da RDC "de maneira robusta, sumamente móvel e versátil" para prevenir a expansão dos grupos armados, os neutralizar e os desarmar.
Entre essas organizações o Conselho de Segurança mencionou o Movimento 23 de Março (M23), as Forças Democráticas de Libertação da Ruanda (FDLR) e a Aliança de Patriotas por um Congo Livre e Soberano (APCLS).
Também se referiu às Forças Democráticas Aliadas (ADF), os Mayi-Mayi Gedeon e os Mayi-Mayi Kata-katanga e o Exército de Resistência do Senhor (LRA).
A resolução exigiu desses grupos o fim imediato de "todas as formas de violência e atividades desestabilizadoras" e que seus membros se desmobilizem e deponham as armas imediatamente e com caráter permanente.
O texto reiterou o respaldo do órgão de 15 membros ao acordo de cooperação para a paz e estabilidade na RDC assinado em fevereiro passado em Addis Abeba por 11 países africanos.
Nesse convênio participam também a ONU, a União Africana, a Conferência Internacional sobre os Grandes Lagos e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, em qualidade de garantidores.
O pacto está dirigido a conseguir o fim da violência na RDC, proíbe aos países apoiar aos agrupamentos rebeldes e incentiva o governo congolano a instaurar uma série de reformas.
Fonte: Prensa Latina