Quadrilha que fraudava energia é desmontada

Polícia prende nove pessoas acusadas de adulterar medição para reduzir valor da conta de luz

Nove pessoas foram presas ontem suspeitas de participarem de um esquema especializado em fazer ligações clandestinas em medidores de energia elétrica do Distrito Federal e do Entorno.

A quadrilha agia sob encomenda, adulterando os aparelhos de medição em estabelecimentos comerciais para que eles registrassem um gasto de energia menor que o real. Os criminosos ofereciam um abatimento de 30% a 50% nos gastos com a conta de luz. O preço cobrado pelo serviço variava de R$ 100 a R$ 1 mil.

O Departamento de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Distrito Federal monitorava os suspeitos desde janeiro desse ano. Com a quadrilha, a polícia encontrou medidores, lacres de empresas energéticas e diversos equipamentos.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fernando Costa, cinco presos já trabalharam como técnicos em empresas terceirizadas que prestam serviços para a Companhia Energética de Brasília (CEB). Três dos homens presos são empresários: um deles tem uma pizzaria em Samambaia, os outros dois têm um açougue e uma padaria em Ceilândia.

Seis detidos vão responder apenas por furto qualificado e podem pegar pena de dois a oito anos de prisão caso sejam condenados. Outros dois também serão investigados por formação de quadrilha.
O engenheiro da Gerência de Medição e Fiscalização da CEB, Flávio Teixeira, informou ontem que a companhia não contabilizou ainda o prejuízo dado pela quadrilha. Mas, segundo Teixeira, a CEB perde em média R$ 1 milhão por ano com prejuízos causados pelas ligações clandestinas na rede elétrica.