GDF assume a Faculdade Dulcina em 2014

A passagem da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes para o GDF é irreversível, mas só deve ocorrer no ano que vem.

A previsão é do subsecretário do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secretaria de Cultura, José Delvinei dos Santos, diante de deputados, professores e alunos da instituição, em audiência pública na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados.

Ele explicou que o governo ainda elabora um projeto de lei para a criação da entidade mantenedora, que vai substituir a atual, a Fundação Brasileira de Teatro. A proposta terá que ser aprovada pela Câmara Legislativa.

Depois disso, será preciso dotar a entidade de recursos e fazer concurso para preencher os seus quadros. "Eu queria deixar bem claro para a sociedade que esses processos são muito lentos. Muitas vezes o Estado não acompanha o ritmo do nosso desejo e das nossas necessidades", destacou. No início deste mês, a previsão era de que a gestão fosse assumida pelo GDF no próximo semestre.

Grupo de trabalho

Desde meados do ano passado, um grupo de trabalho do GDF estuda a criação da Escola Superior de Artes de Brasília. A intenção coincidiu com a grave situação financeira por que passa a Fundação Brasileira de Teatro, com um passivo em torno de R$ 10 milhões, entre dívidas fiscais, trabalhistas e previdenciárias.

Há menos de um mês, o GDF anunciou que passaria a Faculdade Dulcina para a sua responsabilidade, enchendo de esperança professores, com constantes atrasos nos salários; e alunos, que vivem a incerteza de não poder concluir seus cursos.

As dívidas do passado, porém, continuarão a cargo da fundação, assim como a gestão do teatro e do acervo cultural. "Toda a parte artística-cultural da fundação e outras atividades serão mantidas na fundação. O que a gente precisa é deixar de ter esse deficit operacional para que a gente tenha condição de reformar o teatro, dar visibilidade e criar o Museu do Teatro Brasileiro. A distritalização é o começo de um processo para que a gente tenha condições de atuar como se deve em outras áreas", explica o secretário-executivo da entidade, Augusto Brandão.