Professores das redes estadual e municipal paralisam atividades
Em adesão à 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, os professores do Estado e da capital baiana paralisaram as atividades nesta terça-feira (23/4). Até a próxima quinta-feira (25), os docentes realizam encontros e manifestações que têm por objetivo denunciar a realidade da educação no país e cobrar melhorias.
Publicado 23/04/2013 11:19 | Editado 04/03/2020 16:16
Nesse primeiro dia do movimento, em Salvador, os professores protestam no monumento da Cruz Caída, nas proximidades da Prefeitura Municipal e da Câmara de Vereadores, no Centro da cidade. A intenção era se posicionar em frente da prefeitura, mas o grupo foi impedido.
Segundo a diretora da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Bahia), Elza Melo, no local estão sendo distribuídos manifestos e repassado um abaixo-assinado à população. O documento, que revela a insatisfação com a realidade das escolas públicas da capital baiana, será entregue ao Ministério Público (MP) e à Câmara, com cópia para a Prefeitura.
“Esse movimento é importante para que a gente possa denunciar as péssimas condições de trabalhos que os professores, principalmente os de Salvador, estão sujeitos. Temos escolas em completo abandono, faltam professores e temos professores concursados desde 2010 que ainda esperam ser chamados”, relata Elza.
O movimento reforça, também, as discussões sobre os 10% do PIB e dos royalties do petróleo para a Educação, o direito de greve para o funcionalismo público, a profissionalização para os trabalhadores em educação, como as merendeiras, e, no caso de Salvador, a utilização do programa Alfa e Beto, acusado de racista e sexista, nas escolas. Depois de manifestações dos professores, a prefeitura tornou facultativo o uso do material e pelo menos 40% das escolas ainda estão usando.
Atividades
Os trabalhos da APLB continuam na quarta-feira (24), com protestos na Praça da Piedade, também no Centro. Na ocasião, os docentes também comemoram o aniversário da entidade, que completa 61 anos.
Na quinta (25), o grupo se reúne para discutir carreira e jornada de luta, a partir das 9h, no auditório da APLB, em Nazaré. A paralisação termina na sexta-feira (26), com a volta às aulas e a avaliação do movimento, nas escolas.
De Salvador,
Erikson Walla