Protestos na Espanha pedem a demissão do presidente do Governo
A taxa de desemprego na Espanha, em 26,9% em maio, seguirá aumentando e chegará a 27,8% no final de 2014, segundo um relatório sobre perspectivas de emprego da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). Neste contexto, e em meio a denúncias de corrupção, se intensificam manifestações que pedem a demissão de Mariano Rajoy, presidente do Governo espanhol.
Publicado 17/07/2013 11:32

Os resultados publicados mostram que Rajoy não apenas não criou empregos, mas que a atuação do Governo também piorou. Com a previsão para o aumento do desemprego, a Espanha seguirá sendo o segundo país com a maior taxa na OCDE. A Grécia, com 28,2%, está em primeiro lugar.
O relatório da organização também afirma que a Grécia e a Espanha são os países mais afetados no tema entre os que sofrem a crise financeira na Europa, e que a organização está profundamente preocupada com os jovens espanhóis, ao qualificar de “alarmante” o desemprego entre eles, no país. A taxa é de 55% nesta camada da sociedade.
A principal promessa do mandatário espanhol foi um fracasso, assim como outras promessas relevantes, como a reativação da economia para manter os níveis do Estado de bem-estar social, o governo para a maioria (já que a crítica é fundamentalmente o benefício aos bancos e aos setores ricos da sociedade), e acabar com a corrupção.
Além disso, também são motivações de protestos as revelações de corrupção do ex-tesoureiro do PP, Luis Bárcenas, que respingam no presidente do Governo espanhol.
“A Rajoy e Cospedal [secretaria geral do PP] fiz entregas em efetivo em 2008, 2009 e 2010”, afirmou Bárcenas ante o juiz, assumindo a autoria dos papeis onde ficaram fixados os supostos salários extras em dinheiro “negro”, como se diz na Espanha, recebido pela cúpula do partido conservador.
Protestos generalizados
Nesta terça-feira (16), em meio a protestos, novas manifestações foram convocadas para a quinta-feira (18) contra o governante do Partido Popular (PP). O protesto desta terça foi convocado pela Plataforma de Afetados pela Hipoteca (PAH), que se revolta contra os despejos forçados e na execução das cobranças dos bancos sobre as hipotecas.
O protesto da PAH não é a única, posto que vários movimentos sociais convocaram manifestações para a próxima quinta diante das distintas sedes do PP pelo país, com foco para o pedido de demissão de Rajoy.
Algumas cidades para onde estão previstos protestos são Madri, Barcelona, Valencia, Zaragoza, Málaga e La Coruña, entre outras zonas que se unirão à iniciativa.
Não obstante, apesar da demanda do povo espanhol, Mariano Rajoy informou na segunda (15) que não tem intenção de se demitir, já que recebeu o seu mandato por parte dos espanhóis.
Com HispanTV
Da redação do Vermelho