Ao som de berimbau e na luta contra o imperialismo: UJS 29 anos
Os militantes da UJS em Alagoas comemoraram o aniversário da entidade realizando um conjunto de atividades no Centro de Estudos e Pesquisa Aplicada (CEPA) na capital alagoana nesta terça-feira (24/09). Logo no início da manhã o elevado que dá acesso ao CEPA foi ocupado com grandes faixas que podiam ser visualizadas por todos que trafegavam pela Avenida Fernandes Lima.
Publicado 25/09/2013 21:29 | Editado 04/03/2020 16:11

No mês em que comemora 29 anos de história, a União da Juventude Socialista tem intensificado suas atividades e ampliado a luta por mais direitos para a juventude, em defesa do Brasil e do socialismo.
No dia em que a presidenta Dilma Rousseff abriu a sessão da Assembleia da ONU, reafirmando a soberania do Brasil e a defesa de um mundo multipolar, taxando os casos de espionagem promovidos pelos EUA como inadmissíveis, a UJS demonstrou seu apoio à presidenta com a faixa “Indigne-se! Você é Espionado! #ObamaTireAsPatasdoBrasil”.
A outra faixa demonstrava o repúdio da organização às políticas de desmonte dos serviços públicos e do caos em que o estado vive, sob os governos tucanos de Téo Vilela e do prefeito de Maceió Rui Palmeira. Com a frase “Violência Não! Sou + Educação! #ForaTéo #ForaRui #ForaPSDB” a UJS denunciou a crescente violência que atinge especialmente a juventude da periferia no estado, tendo o simbolismo de na última semana um jovem ter sido assassinado no ponto de ônibus localizado em frente do CEPA e abaixo do elevado, onde foi colocada a faixa.
As atividades continuaram com a manifestação realizada em conjunto com diversas organizações e grupos de capoeira, contra o racismo e em defesa da prática da capoeira nas escolas. O protesto cobrava a volta das aulas de capoeira que haviam sido proibidas. Após a Avenida Fernandes Lima ser fechada e ser realizada uma passeata dentro do CEPA, os manifestantes foram recebidos pela Secretaria Estadual de Educação e conquistaram a volta das aulas, desfazendo um ato absurdo e criminoso contra a cultura do povo brasileiro, o que evidenciou o preconceito com a identidade popular e de resistência, características da terra de Zumbi.
Desde os cartazes “Quero capoeira nas escolas” às mensagens cravadas no elevado que dá acesso ao maior centro de ensino do estado, se destaca a capacidade de luta da juventude por uma vida e um mundo melhor, a inquietante vontade de dar passagem ao novo, de amar mais e se preocupar menos com as “necessidades” impostas para o consumo irracional. Ao som do berimbau e sob forte sol, os sonhos mais uma vez se demonstraram possíveis, pois são sonhados na imprescindível tarefa de lutar e obstinados pelo que de melhor somos todos constituídos: o Amor.
De Maceió, pela UJS de Alagoas.