Diretor de Universidade egípcia é feito refém por estudantes
O diretor da universidade egípcia de El Azhar foi feito refém nesta quarta-feira (30) por estudantes islamistas que demandam a reinstalação do ex-presidente Mohamed Mursi, no quarto dia consecutivo de protestos.
Publicado 30/10/2013 15:43
Funcionários do escritório do diretor também estão retidos, enquanto as forças de segurança da instituição tentam conter outros manifestantes.
Os estudantes, partidários da ilegalizada Irmandade Muçulmana egípcia, asseguraram que a polícia do prédio universitário disparou jato d'água contra eles enquanto estavam reunidos em um protesto pacífico de condenação ao Governo interino, apoiado pelas Forças Armadas desde 3 de julho.
As universidades de El Azhar, no bairro de Cidade Nasser, e a do Cairo, na vizinha província de Gizé, no sul, têm sido palcos de manifestações violentas, dispersadas pela polícia antimotins com gases lacrimogêneos e balas de borrachas.
Meios da imprensa oficial declararam que os manifestantes foram impedidos de chegar à mesquita de Rabá El Adawiya, na Cidade Nasser, e à praça An Nahda, em Gizé, para reinstalar acampamentos de protesto, similares aos dispersados à força em ambas localidades no dia 14 de agosto por agentes do Exército e da Polícia.
Em um comunicado na última hora, fontes oficiais disseram que servidores públicos de Al Azhar pediram às Forças Centrais de segurança para entrarem no campus e restabelecer a ordem.
O agravamento dos conflitos entre manifestantes e forças da ordem antecede em poucos dias o início, no próximo 4 de novembro, do julgamento contra o presidente Mursi e membros da cúpula da Irmandade Muçulmana, acusados de incitação à violência, ordenar a morte de opositores e causar severos danos à economia.
A Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade, uma aliança de entidades islamistas presidida pela Irmandade Muçulmana, convocou protestos nacionais para os dias de julgamento contra o presidente.
Fonte: Prensa Latina