Conflitos de rua no Egito matam 3 pessoas
Os conflitos de rua entre rivais e adeptos da Irmandade Muçulmana, nos quais intervieram forças antimotins, causaram até o início da noite de sexta-feira (22) três mortos e 15 feridos, segundo fontes oficiais.
Publicado 23/11/2013 10:38
Uma das vítimas fatais é um menino de 10 anos, identificado como Samir Ahmed, fulminado por um disparo de morteiro no peito durante choques na cidade de Suez, informou o chefe do Escritório de Ambulâncias, Ahmed Ansari.
As outras vítimas foram um homem, que foi vitimado por um disparo no peito, na cidade do Cairo e outro em circunstâncias desconhecidas em Minya, no sul, onde a Irmandade tem uma de suas bases de poder.
Nesta capital os seguidores do deposto presidente Mohamed Morsi atacaram a embaixada dos Emirados Árabes Unidos (EAU) no distrito de Cidade Nasser, onde trataram, de novo sem sucesso, de penetrar em área da mesquita Rabaa Adawiya, onde esteve um dos dois acampamentos de protestos dispersados pela força na madrugada de 15 de agosto.
Desde a quinta-feira, quando a Coalizão Nacional de Apoio à Legitimidade (CNAL) convocou a protestos para a sexta depois da oração do duhur (meio dia) pelos 100 dias da dispersão de dois acampamentos de protesto, os militares encarregados da proteção das embaixadas passaram a utilizar escudos blindados, constatou Prensa Latina.
Os Emirados Árabes foram um dos países, junto ao Kuwait e à Arábia Saudita, que de imediato reconheceram as novas autoridades e lhes deram apoio multimilionário para equilibrar as depauperadas finanças do Egito.
Na Cidade Nasr as forças anti distúrbios dispersaram pessoas que incendiaram com bombas caseiras um bonde na rua Nozha, proximo à universidade Azhar, onde os soldados impediram que manifestantes saíssem do perímetro do campus, centro de distúrbios há três semanas e onde na quarta-feira morreu um estudante.
Foram registrados também distúrbios em Alexandria, Kafr Dawwar, Damieta e Suez, no norte e Assiut, no sul.
Fonte: Prensa Latina