Assis Melo manifesta apoio às centrais contra juros altos 

Ao destacar os valores R$900 bilhões destinados no orçamento para 2013 para pagamento de amortizações e juros da dívida interna, que representa 42% do Orçamento Geral da União, o parlamentar disse que “a classe trabalhadora deve se manter unida para fazer valer suas reivindicações, para ver seus salários aumentarem e para promover a mudança econômica no Brasil, tão necessária ao nosso desenvolvimento nacional”.

“Devemos continuar mobilizados, cobrando do governo uma política econômica voltada para o crescimento interno, para investimentos em saúde, educação, habitação, mobilidade e, obviamente, para a promoção do emprego digno e para a distribuição de renda”, disse no discurso em Plenário, repetindo as palavras que disse na manifestação.

Ele destacou a fala dos sindicalistas que repudiam a política desenvolvida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de sucessivas altas dos juros, fato que tem trazido prejuízos irrecuperáveis para os trabalhadores brasileiros, prejudicado o setor produtivo e favorecendo o setor financeiro.

“O Brasil é, atualmente, campeão de juros reais, que são aqueles que refletem em quanto o dinheiro aplicado se valoriza acima da inflação. Isso porque a taxa Selic, usada pelo Banco Central como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, foi aumentada em 0,5% no último dia 10 de outubro, atingindo os 9,5% com possibilidade de superar os 10% se continuar nesse ritmo de elevação”, explicou o parlamentar.

Ele disse ainda que “com os juros mais altos, a economia é freada e, consequentemente, estagnados os salários dos trabalhadores. Em geral, a política de juros elevados é adotada em razão de uma situação na qual o povo estaria consumindo demais ou acima da oferta dada. Assim, elevam-se os juros para que o consumo seja inibido e a produção se torne mais cara, reduzindo a oferta e provocando mais aperto do povo e da economia”.

De Brasília
Márcia Xavier