quenia - Marcos Riboli
Principal aposta do Brasil na prova, Giovani dos Santos tentou se manter entre os africanos e garantiu o quarto lugar da prova. Nas imediações do oitavo quilômetro, ele era acompanhado por Kipsang, Mark Korir e Stanley Koech, além do etíope Fidaku Dinbushe. Kipsang superou os dois compatriotas e subiu a Brigadeiro Luís Antônio sozinho na primeira colocação.
A queniana Nancy Kipron conquistou a prova feminina. Depois de chegar alguns anos entre as favoritas, ela conseguiu enfim confirmar a condição: disparou na liderança, correu sozinha boa parte dos 15 km e ainda superou o desgaste da subida final da prova para conquistar o título.
A melhor brasileira foi Sueli Pereira da Silva, que terminou na sexta posição. Completaram as três primeiras colocadas a etíope Kebede Gudeta e Jackeline Juma, da Tanzânia.
O pelotão feminino foi o primeiro a largar, às 8h40. O percurso, igual ao de 2012, teve início na Avenida Paulista, perto da Rua Frei Caneca, e a chegada será em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, na mesma avenida
Às 9h, foi a vez dos atletas de elite masculino. Logo em seguida, os corredores anônimos lotaram as ruas da capital paulista na tradicional prova que marca o último do ano. ´
Antes da largada dos atletas de elite, cadeirantes também disputaram a prova. Entre os participantes da categoria feminino, a vencedora foi a atleta Aline dos Santos Rocha, 22 anos, com o tempo de uma hora, um minuto e 23 segundos. O vencedor masculino foi Jaciel Antonio Paulino, 40 anos, com o tempo de 49 minutos e 59 segundos.
Esta edição da corrida reúniu mais de 27 mil atletas. Representantes de 41 países de quatro continentes participam da prova. Entre os destaques estão os campeões da São Silvestre no ano passado, os quenianos Edwin Kipsang e Maurine Kipchumba. Entre as promessas brasileiras estão o corredor Giovani dos Santos, quarto colocado no ano passado, e Tatiele de Carvalho, que conquistou o sexto lugar na corrida anterior.
Durante todo o trajeto da corrida, o clima de celebração pelo encerramento do ano é marcante. O casal de baianos Maísa Santana, 33 anos, e Emerson Oliveira, 41 anos, trouxe fitas de Nosso Senhor do Bonfim para distribuir entre os participantes. “É uma forma de a gente confraternizar. Por ser no último dia do ano, a corrida tem um sentido especial”, disse Maísa, que é adminstradora de empresas, mas fez a opção de se tornar também corredora há quatro anos. “Tive o incentivo do meu marido. Senti muita diferença na minha qualidade de vida.”
Muitos participantes também fazem questão de trazer mensagens. É o caso do skatista profissional Levi Chaves, 47 anos. Ele corre a São Silvestre há 20 anos sempre com a mesma fantasia. “Venho vestido como o mosquito da dengue para conscientizar as pessoas”, explicou. Levi conta que decidiu usar a roupa porque um amigo quase morreu depois de ser picado. A cada ano, o skatista espera melhorar um pouco mais o seu tempo na prova. “Sempre termino. Não importa em quanto tempo. No ano passado fiz em três horas e 21 minutos. Espero fazer em três horas e 20 minutos agora”, brincou.
O público que acompanhou a prova pelos gradis que circundam o local do trajeto é grande. Vestidos com perucas coloridas e blusas com a frase “Vai, Tonhão”, mãe, irmã, esposa, sobrinha e filha vieram apoiar Antônio dos Santos, que disputa a sua segunda São Silvestre neste ano. “É uma festa para a família. Para a gente, essa corrida é uma marca, uma forma de comemorar o fim do ano também”, declarou a manicure Ana Alice dos Santos, 28 anos, irmã do corredor paulistano.
Da redação em São Paulo com agências