Augusto Madeira: 2014 será a luta entre o avanço e o retrocesso

Em entrevista ao Secretário de Comunicação do PCdoB de Brasília, Augusto Madeira, presidente da sigla no Distrito Federal, participação no governo de Agnelo e a batalha eleitoral de 2014.

Tarefas e dasafios do PCdoB-DF - Nei Rios

Entrevistamos o presidente do PCdoB/DF, Augusto Madeira sobre as perspectivas do partido para as eleições deste ano. Advogado, com uma extensa vida militante, Madeira respondeu às perguntas do PCdoB/Brasília na tarde desta quarta-feira.
1 – Como o PCdoB se preparou para os desafios deste ano? E qual a expectativa do partido com relação à construção de uma grande bancada no Congresso?
O PCdoB tem atuado nas três frentes estratégicas de acumulação de forças: o movimento social, a luta de ideias e na ação institucional. Crescemos nosso trabalho entre a juventude e a UJS se fortaleceu, inclusive nas mobilizações de junho, avançamos na estruturação sindical com um vitorioso congresso da CTB, avançamos nas frentes da luta pela igualdade racial, mulheres e da solidariedade internacional. No processo de mobilização para o 13º Congresso do partido tivemos um aumento de 81% da participação em relação ao congresso anterior. Estruturamos a seção da Fundação Maurício Grabois no DF. Temos atuado no governo Agnelo com dedicação e seriedade. O PCdoB espera eleger mais de 20 (vinte) deputados federais. É na Câmara dos Deputados que se trava o maior debate e a maior disputa política do país. O Distrito Federal está engajado neste grande esforço partidário de crescer a bancada federal com a candidatura de Messias de Souza.
2 – No DF, o PCdoB tem contribuído no governo estando à frente da Secretaria da Mulher e da administração de Brasília, como o partido avalia estas contribuições?
São dois destaques do governo e orgulho do partido. A Secretaria de Políticas da Mulher, criada pela atual gestão e dirigida pela Olgamir Amancia, tem um dos programas mais bem avaliados do GDF, a Carreta da Mulher, que leva atendimento de saúde para as mulheres mais carentes. A vacinação contra o HPV, para prevenir o câncer do colo do útero nas meninas, agora uma política nacional, foi idealizada e iniciada pela SPM do DF. O combate a violência contra a mulher no DF é um exemplo paras as demais unidades da federação, como reconheceu a CPI da violência contra a mulher.
Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade e sua Administração tem a responsabilidade de zelar por sua proteção. Messias de Souza tem cumprido com esta missão. Por outro lado, a cidade tem todos os desafios e problemas das grande metrópoles. Nunca uma gestão trouxe tantos benefícios para Brasília como a atual: ciclovias, melhorias do Parque da Cidade, estacionamentos nas quadras comerciais, tesourinhas etc. Outro destaque inovador é o diálogo que se estabeleceu entre os diversos interesses, grupos e segmentos na busca de uma convivência saudável, bem-estar e a ocupação democrática dos espaços públicos.
3 – Dentro da batalha eleitoral deste ano, o DF enfrentará as forças do passado que devem tentar voltar ao GDF, qual o papel que a militância do DF nesta batalha?
Reuniram-se recentemente em Goiânia, com o patrocínio do governador tucano Marconi Perillo (amigo do Carlinhos Cachoeira), Arruda e Roriz para tramar a volta deles ao governo do DF. Uma afronta a dignidade da população da capital. Roriz é ficha-suja, não pode ser candidato. Arruda foi cassado e preso. Esta é a oposição que temos. É uma questão de honra para militância comunista, de esquerda e todos os democratas, impedir a volta a este triste passado. Temos que ir às ruas para discutir com o povo, lembrar que eles envergonharam o Distrito Federal perante o Brasil. Eles serão a base da candidatura conservadora de Aécio Neves. Será a luta entre o avanço e o retrocesso.

De Brasília, Gustavo Alves