África reconhece contribuição cubana à independência dos povos
Cuba ocupa um lugar muito especial no coração da África por sua desinteressada contribuição à independência dos povos do continente, afirmou nesta sexta-feira (7) em Luanda, capital de Angola, o ativista cubano Jorge Risquet.
Publicado 07/02/2014 15:43
Risquet, membro do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, está vinculado de maneira próxima às ações libertadoras e ao internacionalismo cubano em Angola. Ele chegou ao país para seguir rumo à República do Congo, onde assistirá à celebração dos 25 anos do Protocolo de Brazzaville.
"Assistirei a essa comemoração em nome do presidente Raúl Castro e do povo cubano", declarou Risquet à agência Prensa Latina, lembrando também que "esse protocolo foi a última das 13 reuniões quadripartite que tivemos".
Ali, detalhou, participaram Cuba, Angola, África do Sul e Estados Unidos, este último país mediador, ainda que partidário de Pretoria. O protocolo concluiu nessa capital congolenha o 13 de dezembro de 1988 e pôs fim àos quadripartidos que deram lugar aos Acordos de Nova York, assinados nove dias depois, explicou o veterano combatente.
Narrou como essas negociações começaram por uma reunião em Luanda, que presidiu ele pela parte cubana, "depois tivemos uma em Londres, no Cairo e assim sucessivamente em outras cidades até que se foram acercando as posições e em Brazzaville se assinou o protocolo".
Essas seriam as bases, precisou o lutador cubano e reiterou: "daí fomos para a ONU e o 22 de dezembro assinaram-se os acordos entre África do Sul, Angola e Cuba, que preconizava a colocação em prática do pacto 35".
A aplicação dessas cláusulas resultou na "independência de Angola sem nenhuma agressão estrangeira, abriu o processo de emancipação na Namíbia e foi um duro golpe ao apartheid, que desapareceu na África do Sul", afirmou Risquet.
Fonte: Prensa Latina