Trabalhadores americanos protestam contra McDonald's
Centenas de trabalhadores do McDonald's protestam nesta terça-feira contra a rede de fast-food em cerca de 30 cidades dos Estados Unidos, denunciando que ela rouba seus salários de diferentes formas.
Publicado 18/03/2014 16:49
Empregados dos restaurantes operados por essa empresa em Nova York, Memphis, Milwaukee, Oakland e Sacramento, entre outras, saíram às ruas no momento em que o McDonald's enfrenta um processo em três estados pela mesma prática ilegal.
Os recursos legais foram interpostos na semana passada nos territórios da Califórnia, Michigan e Nova York e detalham as diferentes maneiras em que o McDonald's rouba os salários de seu pessoal.
A corporação comprometeu-se a pesquisar essas denúncias e adotar as medidas necessárias contra os responsáveis.
No protesto desta terça-feira também foi exigido à oposição republicana do Congresso estadunidense que aprove o aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora e divulgou-se ao público a situação dos direitos dos trabalhadores de escassos rendimentos econômicos.
A empresa paga cerca de US$ 7,25 dólares por hora e à diferença de seus colegas de outros estabelecimentos do ramo, proibe o funcionário de receber gorjetas.
Esse setor em julho, agosto e dezembro passados também protagonizou intensos protestos pelas mesmas demandas salariais, recebendo o apoio de ativistas, organizações sociais e legisladores democratas.
Seus líderes denunciaram então que enquanto a indústria da fast-food está no auge, obtém lucros de até US$ 200 bilhões ao ano e tem perspectivas de crescer em 12 por cento até 2018, os trabalhadores estão à beira da pobreza com salários baixos que não lhes são suficientes para viver.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressiona o Congresso para aprovar um aumento salarial de pelo menos US$ 10,10 por hora com o objetivo de reduzir a cada vez maior desigualdade econômica, a qual qualificou como o principal desafio que enfrenta a maior potência do mundo.
Segundo Obama, essa iniciativa tem apoio majoritário entre os cidadãos e, caso seja aprovada, beneficiaria mais de 28 milhões de pessoas.
Fonte: Prensa Latina