Paraguai: Fotos comprovam execução de camponeses em Curuguaty

A senadora Desireé Masi afirmou que "as imagens não se justificam em um país democrático, não se justifica em um país que diz respeitar os direitos humanos". Desireé denunciou que não estão investigando os policiais que "no mínimo foram cúmplices de um homicídio, que na verdade foi uma execução". Afirmou ainda que a denúncia será apresentada ao Ministério Público e que está sendo investigada apenas uma parte do que aconteceu em Curuguaty, e não se investiga a morte de camponeses.

Em nota, a Frente Guasu declarou que “as fotografias apresentadas nesta manhã pela bancada do PDP no senado constituem uma novidade para o caso, mas não uma novidade para o povo paraguaio que já sabe, há tempos, que o massacre esteve constituído também pela execução de camponeses presos e indefesos nas mãos de seus captores”.

O massacre de Curuguaty ocorreu em junho de 2012. Desde outubro do mesmo ano há denúncias de que se tratou de execuções ilegais. A denúncia foi apresentada pelos advogados Dr. Domingo Laíno y Vicente Morales, mas nunca foram acolhidas pelos tribunais, nem pelo fiscal Jalil Rachid, que não tem se mostrado apto para conduzir o tema por ter desestimulado as investigações sobre o tema.

A Frente Guasu também reiterou a necessidade de que todos os camponeses que estão presos pelo massacre sejam libertados e a área em que ocorreu o evento – conhecida como Marina Kue, que em guarani significa “Pertenceu à Marinha” – seja destinada para a reforma agrária. Nesta quinta-feira (20), completa-se 35 dias que cinco dos presos políticos paraguaios estão em greve de fome.

A matança de Curuguaty, que resultou na morte de 17 camponeses fomentou o argumento para o golpe de Estado que destituiu o presidente constitucionalmente eleito do Paraguai, Fernando Lugo.

Seguem as fotos apresentadas:

Da Redação do Portal Vermelho,
Vanessa Martina Silva, com informações do E'A