Assembleia Geral da ONU debaterá crise na Ucrânia

A Assembleia Geral das Nações Unidas realizará na próxima sexta-feira uma sessão plenária para analisar a crise na Ucrânia, onde a derrubada do presidente eleito Viktor Ianukovitch e a designação de novas autoridades geram tensões internas e externas.

Segundo um breve comunicado da porta-voz da Assembleia, nas próximas horas serão dados mais detalhes sobre a reunião, para a qual foram convocados os 193 estados membros da ONU.

No mês passado, ações violentas de grupos radicais apoiados por potências ocidentais provocaram a queda de Ianukovitch do poder e sua saída do país, e a ascenção ao governo repudiado por setores locais e a Rússia, que o consideram ilegítimo e fruto de uma intentona, enquanto os Estados Unidos e seus satélites na União Europeia o apoiam.

Além do mais, a República Autônoma da Crimeia decidiu no último domingo, em um referendo popular, integrar-se à Federação Russa, consulta que Moscou qualificou como um ato de soberania e autodeterminação, mas que as novas autoridades em Kiev e seus congêneres em Washington e Bruxelas repudiam.

Sanções ditadas pela Casa Branca e a União Europeia contra cidadãos russos e ucrânianos, entre eles Ianukovitch, complicaram um panorama já tenso, apreciado a partir dos choques diplomáticos acontecidos nas sete sessões do Conselho de Segurança dedicadas a debater a crise.

Neste contexto, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, viajou para Moscou e Kiev para estimular o diálogo bilateral e a saída política ao problema.

Por outra lado, foi informado em Nova York, que o assistente do secretário-geral para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, chegou à Crimeia, para uma visita de 48 horas.

O funcionário lidera um grupo de especialistas que há vários dias começou uma pesquisa sobre a situação dos direitos humanos na Ucrânia, em meio a denúncias de violações dos mesmos.

Em sua estadia anterior no país, questões logísticas e de segurança – de acordo com a ONU – impediram a viagem de Simonovic à república autônoma de maioria russa, cujas autoridades acusam o novo regime de Kiev de marginalizar as forças políticas e as regiões contrárias a sua inclinação pró-ocidental.

Fonte: Prensa Latina