COB quer Brasil entre os 10 melhores nas Olimpíadas

O Comitê Olímpico Brasileiro anunciou na quarta-feira (23) que a meta para os Jogos Olímpicos de 2016 é fazer com que o Brasil se classifique entre os dez primeiros colocados no quadro geral de medalhas.

Nos Jogos de Londres, em 2012, o país ficou na 14ª colocação, se consideradas as 17 medalhas de ouro, prata e bronze. “É uma meta bem agressiva”, reconheceu o diretor executivo de Esportes do COB, Marcus Vinícius Freire.

No quadro oficial do Comitê Olímpico Internacional (COI), no entanto, ficou em 22º, por ter trazido três medalhas de ouro para casa. Para o COI, fica mais bem colocado no ranking quem ganha mais medalhas de ouro. O décimo colocado dos últimos Jogos, a Itália, terminou com 28 pódios.

No médio prazo, para os Jogos de 2020 e 2024, a meta é aproximar o Brasil de outro grupo de países, os que somaram mais de 30 medalhas: França (34), Austrália (35), Japão (38), Alemanha (44) e Reino Unido (65). No topo da lista, estão os países que o COB considera inalcançáveis nesse horizonte: Estados Unidos (104), China (88) e Rússia (82).

O presidente da COB, Carlos Arthur Nuzman disse que chegaram à conclusão de que "para os Jogos no Rio precisaríamos estipular uma meta. Não podemos competir com a ambição do futebol (pelo primeiro lugar), pois seria um equívoco muito grande. O importante é o trabalho de dar condição aos atletas se prepararem".

Objetivos principais do plano estratégico

As ações do plano estratégico do COB têm como objetivos principais aumentar o número de medalhas em modalidades “vitais” (vôlei, natação, judô e vela) e reforçar as ações de sucesso em esportes potenciais (boxe e ginástica) para aumentar ou, ao menos, manter as conquistas obtidas em Londres/2012. Além disso, há a intenção de identificar e apoiar atletas nas chamadas “contribuintes”, como foi o caso da pernambucana Yane Marques, no pentatlo moderno, e seguir investindo em modalidades “legado”, visando o desenvolvimento para 2020 e 2024.

A pentatleta medalhista olímpica, Yane Marques (foto ao lado), foi citada como modelo a ser seguido. Segundo a gerente de planejamento olímpico, Adriana Behar, a pernambucana está no “radar” da entidade para contribuir com sua medalha para o Brasil alcançar o top 10 da competição.

"Não podemos negar que a Yane é uma de nossas esperanças. Ela vem de uma medalha de bronze em Londres e tem se destacado com bons resultados nos Campeonatos Mundiais. Então, essa possível medalha em 2016 entra nessa conta (previsão de 25 a 28 medalhas conquistadas em até 18 modalidades)", disse a ex-atleta de vôlei de praia, medalha de prata nos Jogos Olímpicos Sydney 2000 e Atenas 2004 ao lado de Shelda.

Ainda sem apresentar um forte trabalho de divulgação da imagem de atletas e suas modalidades em anúncios na televisão, o COB planeja criar uma interatividade entre possíveis novos talentos e atletas já consagrados.

"O COB está iniciando esse trabalho. Temos a intenção de expor os esportes olímpicos e seus atletas em comerciais na TV para atrair a atenção dos jovens. A Yane, sem dúvida, é um dos nomes fortes para aumentarmos essa interatividade entre possíveis novos talentos e os atletas já consagrados" finalizou Adriana Behar.

Com agências