Compromisso de Padilha: implantar Mais Médicos em SP
São Paulo é o Estado que mais demanda profissionais do Mais Médicos – o Estado pediu e obteve do governo federal a designação de quase 2.500 médicos do programa -, mas, é bom lembrar que se tivesse prevalecido a posição do atual governador e candidato tucano à reeleição, o médico anestesista Geraldo Alckmin, o programa nem existiria.
Publicado 06/08/2014 12:43

“O atual governador, médico como eu, desde o começo foi contra o Mais Médicos. Quando começou o programa ele deu declaração dizendo que não faltava médicos em São Paulo, o que precisava era distribuir melhor. Quando a gente lançou, São Paulo, o Estado mais rico do país, foi exatamente o que pediu mais médicos”, afirmou o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, candidato ao governo paulista.
Em Osasco (Região Metropolitana da Capital), neste início de semana, no cumprimento de agenda de campanha, Padilha garantiu que vai implantar uma versão estadual do Mais Médicos. E adiantou que nesta versão paulista, pretende concentrar em especialistas – pediatras, neurologistas, ortopedistas, entre outros, “tanto paulistas, como de outros Estados” – e levá-los para todo o Estado como pediatras, especialmente para para as regiões mais carentes e periferias das grandes cidades.
São Paulo já recebeu mais de 2 mil profissionais do Programa
“O povo precisa de pediatra, neurologista, ortopedista. Esse é o desafio do Mais Médicos. Resolvi o problema do médico no posto de saúde, agora vamos vencer esse outro obstáculo”, disse o criador do Mais Médicos país. São Paulo já conta com 2 mil profissionais do programa federal. Agora, a ideia de Padilha, uma vez eleito, é abrir 3 mil vagas para os médicos especialistas nascidos em São Paulo e nos demais Estados.
Pela versão paulista do Mais Médicos, a remuneração dependerá dos procedimentos ou consultas realizadas, garantindo o atendimento e evitando que a carga horária seja paga sem que ela seja efetivamente cumprida. “Hoje você tem uma carreira no Estado que já garante uma parte da contratação, agora nós vamos pagar por consulta, pelo exame, pelo procedimento realizado”.
Osasco nesta segunda-feira (4) foi o palco da agenda de campanha tanto de Padilha, quanto do tucano Geraldo Alckmin, candidato à reeleição para ser governador pela 4ª vez. Apesar da coincidência (ou não, Padilha acha que Alckmin descobriu que ele estava em campanha lá, e foi também), a diferença da agenda é gritante. Padilha visitava uma Unidade Básica de Saúde (UBS), menina dos olhos do Ministério da Saúde, que ele ocupou neste 1º governo da presidenta Dilma Rousseff.
Enquanto isso, Alckmin inaugura hospital em obras
Já o governador tucano fazia o rame-rame de sempre e cumpria a velha política tucana de inaugurar o que ainda está em obras. No caso, um hospital oncológico prometido por ele há quatro anos e que ainda não conseguiu terminar. “Acho que descobriram que eu vinha aqui em Osasco e decidiram vir também. Ele (Alckmin) deve estar preocupado comigo”, ironizou Padilha.
O petista aproveitou, ainda, para alertar sobre algo que vem acontecendo com as contas de água dos paulistanos. “Ele (Alckmin) começou o racionamento noturno. À noite vem o vento, vem o ar e fica rodando aquela maquininha que marca quanto você gasta de água. Um mês depois, você recebe a conta do governo do Estado, da Sabesp, como se tivesse passado água lá, mas aquilo que foi só ar”.
Além da ampliação do Mais Médicos com profissionais brasileiros, Padilha se comprometeu a ampliar a oferta de cursos de medicina, abrindo 16 novos em igual número de cidades paulistas. Se alguém ficar em dúvida, vale a pena lembrar do resultado do último compromisso resgatado por Padilha com o povo brasileiro, quando ministro da Saúde: a presença, hoje, em todo o país, de mais 14,5 mil profissionais do Mais Médicos, na rede pública de saúde, levando atendimento para as regiões mais necessitadas desses profissionais.
Fonte: Blog do Zé Dirceu