Unicef: Ebola na África põe em perigo campanhas de vacinação
As campanhas regulares de vacinação e o acompanhamento de doenças como a malária e pneumonia, têm sido descuidadas nos países da África ocidental afetados pelo ebola, declarou nesta terça-feira (2) um especialista da Unicef.
Publicado 02/09/2014 17:01

Em coletiva de imprensa, Christoph Boulierac, o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alertou que a diarreia e a desnutrição grave, infecções extremamente perigosas para as crianças, também têm deixado de ser atendidas com regularidade no curso do atual surto de ebola.
"A malária, os casos de diarreia e de complicações pulmonares não são tratados, embora sejam extremamente perigosos para os menores. Cabe a possibilidade de que surjam casos de pólio e de sarampo porque as campanhas de vacinação estão em ponto morto", ressaltou o especialista.
Estas nações, onde os sistemas de saúde, muito frágeis, estão saturados com a luta contra o ebola, deixaram de lado a atenção de doenças crônicas e o trabalho regular, manifestou Boulierac.
Explicou que o início do ano letivo de três milhões de crianças também se veria perturbado, já que muitas salas são utilizadas como centros sanitários e, em alguns lugares, foi adiado.
Em março passado Guiné Conakry comunicou os primeiros casos de um surto de ebola, que rapidamente se estendeu para outras nações da África ocidental.
Desde então, mais de três mil pessoas adoeceram, das quais em torno de 1.600 faleceram por esta causa.
Até a data, são cinco os países afetados, além da Guiné, a doença estende-se pela Libéria, Nigéria, Serra Leoa e mais recentemente, Senegal.
Por sua vez, a República Democrática do Congo informa outro surto independente, com 31 mortos de 51 casos registrados.
Fonte: Prensa Latina