BNDES rebate Marina: 97% dos empréstimos são para micro e pequenas

Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, rebateu críticas da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, sobre a política de empréstimos do BNDES.

Coutinho BNDES e Marina

“Eu sugiro que a equipe da Marina estude um pouco mais as atividades do banco para não municiar a candidata com informações erradas”, afirmou Coutinho, durante evento em São Paulo.

Segundo ele, o apoio do BNDES para a internacionalização de grandes empresas brasileiras foi concedido a preços de mercado e não houve influência política na destinação dos recursos, como papagueia Marina Silva.

Sobre o caso das empresas do ligadas a Eike Batista, algumas das quais estão em recuperação judicial, Coutinho disse que o BNDES não teve prejuízo com os empréstimos ao grupo do empresário, pois as empresas com problemas foram revendidas a novos controladores bem capitalizados.

Marina tem dito aos quatro ventos que o governo Dilma faz “uso político” dos bancos públicos chegando a dizer que o BNDES “deu” 500 bilhões de reais para “meia dúzia de empresários falidos”.

BNDES não "dá" dinheiro, ele empresta

O assessor da presidência do BNDES, Fabio Kerche, contestou essas afirmações. “Ela erra ao dizer que o BNDES empresta para “meia dúzia”. Em 2013, 97% de suas operações foram para micro, pequenas e médias empresas”, rebateu Kerche.

“Em primeiro lugar, o BNDES não "dá" dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado”, enfatizou.

Ele pontuou que no governo FHC, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondeu a crise iniciada em 2008, expandindo o crédito à indústria e à infraestrutura.

“É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro”, enfatizou ele.

Ele destacou ainda que os empréstimos têm garantido lucros ao BNDES, que no primeiro semestre chegou a R$ 5,47 bilhões, o maior da história do banco.

Fonte: Brasil 247