Governo espanhol nega às eleições catalãs caráter plebiscitário
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, desqualificou hoje o caráter plebiscitário que pretendem dar setores independentistas às eleições regionais convocadas para o próximo 27 de setembro.
Publicado 18/01/2015 14:47

Nessas eleições, como em qualquer outro lugar da Espanha, serão eleitos os membros do parlamento de Catalunha, explicou Rajoy, que afirmou que as eleições plebiscitárias não existem.
Em entrevista concedida à agência estatal EFE disse que o anúncio das eleições feito pelo presidente catalão, Artur Mas, obedece um objetivo partidário.
Mas, líder do partido Convergencia y Unión (CiU), e Equerra Republicana de Cataluña, acordaram dar à votação caráter plebiscitário, pois estimam que se os candidatos independentistas ganham, o parlamento formado como resultado terá um mandato para a secessão.
Perguntado sobre a possibilidade de que o governo da Espanha denuncie a proposta dessas eleições, Rajoy advertiu que "não pode ser feito o que não existe nem está previsto na lei".
Na sua opinião, não há um avanço do independentismo na Catalunha pois no que chamou de simulacro de referendo realizado no passado 9 de novembro, a votação a favor da independência não atingiu 30% do censo da população.
A mudança substancial – disse – é que o CiU, ou ao menos Artur Mas, se fez independentista, mas a grande maioria dos cidadãos da Catalunha não são.
Em termos econômicos nacionais Rajoy ratificou a previsão de um crescimento do produto interno bruto de 02% ou superior neste ano, depois do aumento de 1,3 ou 1,4, pendente de se confirmar em 2014.
Depois de apontar que entre 2008 e 2011 na Espanha foram perdidos 3,4 milhões de postos de trabalho, indicou que em 2014 houve mais de 400 mil filiados à Seguridade Social e se espera conseguir em 2015 mais de 500 mil a 600 mil. Questionado sobre vários escândalos de corrupção que afetam seu Partido Popular, o chefe do governo espanhol considerou que demonstram o fim da impunidade no país.
Fonte: Prensa Latina