Publicado 27/04/2015 15:40

Os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Eduardo Gabas (Previdência) e Eliseu Padilha (Aviação Civil) participam do encontro com os líderes do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).
O objetivo é tentar acertar posições e definir estratégias em torno das medidas provisórias (MP) 664 e 665, que alteram as regras para solicitação de seguro-desemprego, defeso, pensão por morte e abono salarial.
“As discussões avançaram bastante e as perspectivas são boas. Evidente que temos [líderes do governo] o compromisso efetivo de votar o ajuste dentro do que está sendo negociado. A negociação envolve os pontos principais e será uma grande demonstração para o país”, avaliou Guimarães.
Segundo o deputado, o Brasil vive um novo momento e a votação dessas matérias consolidará as mudanças na economia. O líder lembrou a divulgação do balanço da Petrobras e números de geração de empregos.
Guimarães acrescentou que a reunião ministerial de sábado (25) é estratégica e reforça a recuperação do país. Segundo ele, o “grandioso pacote de infraestrutura”, que será anunciado nos próximos dias, “é uma injeção fundamental para retomar o crescimento da economia, ampliar os empregos e resolver o gargalo da infraestrutura nacional”.
O deputado destacou ainda que os projetos de concessão de aeroportos, rodovias e ferrovias terão R$ 150 bilhões previstos na primeira fase. José Guimarães disse ainda que todas as empreiteiras poderão participar, mas ponderou que, no caso das empresas envolvidas na Operação Lava Jato, o governo seguirá as recomendações da Controladoria Geral da União, da Advocacia Geral da União e do Tribunal de Contas da União.
A retomada das conversas com líderes segue um clima de balanço após a aprovação do PL 4.330, que libera a terceirização.
“A principal lição é que é necessário maior afinamento entre a base e o governo e entre o governo e os movimentos sociais. Ficam as lições, preservando as posições ideológicas dos partidos. Faremos esforço para evitar que o governo assuma um lado quando a base estiver dividida”, disse ele, referindo-se a divisão da base aliada quanto à votação do projeto.
O esforço pela harmonia inclui um pedido de conversa de líderes com Temer e um encontro entre PT e PMDB, com data a ser definida. “Não é a última nem será a primeira [tentativa entre os partidos]. O articulador político do governo é do PMDB. Portanto, há de ter um entendimento”, concluiu.
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Fonte: Agência Brasil