Cuba saiu de lista da qual nunca devia ter feito parte, diz Granma
Após os EUA anunciarem a retirada da lista de países patrocinadores de terrorismo, o jornal oficial do Partido Comunista de Cuba, Granma, afirmou em artigo neste sábado (30) que a ilha saiu de um rol do qual nunca deveria ter feito parte.
Publicado 31/05/2015 14:39

“Cuba teve de esperar 33 anos para o simples ato de justiça que foi levado a cabo na sexta (29)”, comentou o periódico, acrescentando que nem as transformações geopolíticas ocorridas ao redor do mundo desde 1982 foram suficientes para que as sucessivas administrações norte-americanas se mobilizassem para retirar a ilha da lista negra.
No texto, o veículo cubano afirma que a exclusão da relação era um pré-requisito já esperado para o processo de normalização de relações diplomáticas, anunciadas em 17 de dezembro de 2014 pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro, e ainda ressalta que o Departamento de Estado norte-americano mantém “preocupações e divergências significativas em diversos assuntos” com a ilha.
Apesar de destacar que a saída da lista não implica um alívio do bloqueio econômico, comercial e financeiro a que Cuba está submetida desde o início dos anos 1960, Granma vê na “justa decisão da administração Obama alguns 'efeitos positivos'”.
“A saída da lista terrorista, com seu efeito simbólico e político, poderá ter certo impacto em nossas operações financeiras externas, dado a mudança de percepção de risco de desenvolver vínculos com Cuba”, estima o jornal.