No Dia do Estudante, juventude tem muitos desafios a enfrentar

Justamente nesta terça-feira (11) as centrais sindicais e as entidades estudantis organizaram uma manifestação em Brasília em defesa da Petrobras e, em consequência, dos recursos do pré-sal destinados à educação. No entanto, os estudantes foram proibidos de entrar na audiência, realizada na Câmara onde serão também será votada a Lei Antiterrorismo, que pode criminalizar os movimentos sociais.

A presidenta da Ubes, Barbara Melo, fez um vídeo e publicou em sua conta pessoal no Facebook, onde fala sobre a indignação dos jovens que não puderam participar de uma atividade programada, em grande parte, devido à eles. Ela denuncia: “barrados mais uma vez”, isso porque, os estudantes já foram impedidos de acompanhar outras audiências onde seria debatida e votada a redução da maioridade penal.

Os estudantes ocuparam Brasília para resistir à redução da maioridade penal | Foto: TV UNE

Em entrevista ao Portal Vermelho, Barbara afirma que o Dia do Estudante deve ser comemorado também pela sociedade como um todo porque os estudantes foram protagonistas de conquistas importantes para a democracia. “As entidades estudantis resistiram à ditadura, lutaram pela redemocratização do nosso país, foram protagonistas no Fora Collor, e também em conquistas recentes como a aprovação do Plano Nacional de Educação, e os royalties do petróleo para a educação”, afirma.

Para a dirigente estudantil, na atual conjuntura política nacional, onde uma onda conservadora sinaliza um golpe contra a democracia, “o que é ser estudante ganha um novo significado, porque devemos lutar não só pelos nossos direitos, mas também pela manutenção da nossa democracia, para barrar os setores mais conservadores do nosso país que se incomodam quando os jovens acessam direitos”.

Babara acredita que “ser estudante é defender a democracia e sonhar com uma sociedade mais justa”.

Mobilizações em todo o Brasil

Além do ato em defesa da Petrobras, da democracia e dos estudantes, realizado na Câmara Federal, outras manifestações estudantis acontecem em diversos estados. Também em Brasília a ANPG, a UNE e a Ubes organizaram uma aula pública, em frente ao Ministério da Educação, para debater com a juventude questões como os recursos para a educação, reforma política, financiamento privado de campanha, redução da maioridade penal, entre outras pautas. A atividade acontece no acampamento onde jovens de todo o Brasil estão há mais de dois meses, em protesto por mais recursos para a educação.