Comando de operações do satélite Cbers-4 passa da China para Brasil
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) assumiu a responsabilidade pelo comando de plataforma do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-4). Desde o lançamento do equipamento ao espaço, em dezembro de 2014, a atividade era executada pelo Centro de Controle de Satélites de Xian (XSCC), na China.
Publicado 24/11/2015 16:37

"Esta responsabilidade implica não só em monitorar e controlar o estado de funcionamento do satélite, por meio de análise de dados de telemetria e envio de telecomandos, como também executar manobras de controle de órbita", explicou o chefe do Centro de Rastreio e Controle (CRC), Valcir Orlando.
Para efetivar a transferência de controle, o Inpe avaliou o estado de funcionamento do satélite por meio de relatório elaborado pelo XSCC. O CRC verificou e atualizou os procedimentos e software de controle, além das interfaces de comunicação com o satélite e com o órgão de controle chinês.
Foi constatado que o Cbers-4, no geral, encontra-se em estado funcional "bastante satisfatório" e não foi verificado qualquer aspecto que pudesse comprometer o desempenho do satélite.
O Cbers-4 serve para gerar imagens da superfície da terra, que são utilizadas para aplicações em diversos setores como agricultura, meio ambiente, recursos hidrológicos e oceânicos, florestas, geologia etc.
Compartilhamento
A responsabilidade pelo controle dos equipamentos da série Cbers vem sendo compartilhada entre o Brasil e a China, proporcionalmente à contribuição de cada nação no investimento global do projeto. Cada país investiu 50% do valor do Cbers-4.
Durante o período de vida útil do satélite, previsto para três anos, as nações vão se revezar no comando de operações por um período de nove meses. Ao fim desse prazo, caso o veículo espacial continue em estado operacional, terá início um período de sobrevida, no qual Brasil e China comandarão as operações três meses cada um.
A próxima transferência de controle do Cbers-4, desta vez do Brasil para a China, está prevista para o dia 1º de agosto de 2016.